O futuro dos serviços de e-scooters em Paris pode estar em risco, agora que foi aprovado o bloqueio deste género de plataformas na cidade. Serviços como o Lime, Dott e Tier encontram-se agora em risco de terem as suas atividades suspensas na cidade, sobre uma nova votação feita na mesma.
O caso já remota a 2018, e pretende que as e-scooters sejam banidas da cidade de Paris, mas apenas agora a votação foi realizada. E o resultado foi positivo quanto ao bloqueio, deixando agora poucas medidas para as empresas deste género de serviços fornecerem os mesmos na cidade.
Ao mesmo tempo, a medida pode vir a ter impacto também noutras cidades, levando a um efeito "dominó" pelas mesmas que pode seriamente afetar as empresas.
Num referendo criado pela Paris Mayor Anne Hidalgo, e votado durante este fim de semana, 89% dos votantes demonstraram-se contra as e-scooters na cidade. Face a esta votação, as empresas que fornecem este género de serviços devem agora retirar as suas e-scooters da cidade até 1 de Setembro. Estima-se que existam mais de 15.000 scooters espalhadas pela cidade.
De relembrar que Paris era uma das cidades que mais regulamentações aplicava sobre o uso deste género de plataformas. Além das scooters encontrarem-se limitadas a uma velocidade de 10 KM/h, era ainda necessário colocar as mesmas em parques próprios de "estacionamento", ou os utilizadores enfrentavam possíveis multas.
No entanto, os defensores do referendo apontam que o sistema tem vindo a tornar-se consideravelmente mais complicado de gerir, e que, em contrapartida, o número de acidentes envolvendo scooters tem vindo a aumentar.
É importante notar que, apesar de o referendo ter sido votado, apenas 103.084 pessoas realmente apareceram para votar, o que corresponde a apenas 7.5% dos cidadãos registados para tal na cidade. Desta forma, ainda existe a possibilidade que o mesmo venha a ser descartado pela baixa aderência de voto, embora várias fontes apontam que tal será improvável de ocorrer.
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