Apesar de a ideia de Metaverso ainda estar longe do que a Meta pretende, a realidade é que a empresa obteve agora um dos melhores trimestres – a nível financeiro – desde 2021.
No mais recente relatório financeiro da empresa, respeitante ao segundo trimestre de 2023, os dados indicam tanto pontos positivos como negativos, dependendo do setor em que se refere.
Para começar, a divisão da Reality Labs da Meta, focada para a criação de tecnologias de Realidade Aumentada e virtual, continua em perdas, com mais de 3.7 mil milhões de dólares no negativo. Esta terá apenas atingido os 276 milhões de dólares em receitas totais durante este período.
No entanto, mesmo com estes valores em queda, a Meta afirma acreditar que o Metaverso vai evoluir, e que o desenvolvimento que hoje se encontra a ser feito vai compensar a longo prazo. Na verdade, a CFO da Meta, Susan Li, acredita que a divisão vai perder ainda mais dinheiro comparativamente ao ano passado – que, para comparação, perdeu mais de 13 mil milhões de dólares.
Por sua vez, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, voltou a deixar a indicação de que o metaverso vai crescer durante os próximos anos, e que a empresa continua empenhada em reforçar a sua posição neste mercado.
Quando questionado sobre os gastos da divisão, Zuckerberg afirma que uma grande parte se encontra sobre o desenvolvimento do novo Quest 3, que a empresa espera apresentar ao mercado em Setembro. O mesmo afirma ainda que o novo dispositivo vai ser uma das maiores criações da empresa desde que a primeira geração foi revelada em 2020.
Mas colocando o metaverso de lado, os números da Meta continuam bastante bons para a empresa. No total, esta registou receitas de 32 mil milhões de dólares, um crescimento de 11% face a igual período do ano passado.
Zuckerberg afirma que uma parte dos lucros partem da publicidade e do desenvolvimento e aposta da empresa nos Reels, que tem vindo a atrair ainda mais utilizadores. Foi ainda deixado como exemplo o recentemente lançado Threads e o Llama 2.
Ao mesmo tempo, a empresa confirma ainda que os cortes de funcionários que começaram o ano passado encontram-se “praticamente concluídos”. De relembrar que estes cortes levaram ao despedimento de quase 20.000 funcionários desde o final de 2022. Na altura, Zuckerberg referia que os mesmos seriam focados em melhorar a eficiência da empresa.
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