Ainda existem dúvidas sobre se os planos de Elon Musk para a X realmente vão ter sucesso ou não, mas se tivermos em conta as declarações do mesmo, parece que a plataforma encontra-se a evoluir de forma considerável.
Recentemente Elon Musk tem estado a debater a possibilidade de banir da plataforma a Anti-Defamation League (ADL), uma entidade criada nos EUA contra conteúdo de ódio. Em comentários deixados sobre o caso, Musk afirma que a ADL tem pressionado os anunciantes da X para não usarem a plataforma nas suas campanhas, e que a entidade quase conseguiu com que isso tivesse um impacto direto para a X/Twitter.
No entanto, em respostas posteriores, Musk também referiu que, atualmente, a X não se encontra mais dependente dos ganhos associados com publicidade nos EUA, o que indica que a plataforma encontra-se a obter receitas de outras áreas de atuação.
Este ponto será importante, tendo em conta que faz apenas alguns meses, o Twitter tinha a sua principal fonte de receita como sendo a publicidade na plataforma.
No entanto, tendo em conta que a empresa encontra-se agora privada, e não é obrigada a partilhar dados financeiros publicamente, estas declarações não são possíveis de validar. No final de 2022, quando ainda se encontrava como Twitter, a empresa obtinha mais de 90% das suas receitas como parte da sua plataforma de publicidade – e será difícil de atingir um patamar em que, apenas com alguns meses, se tenha conseguido reduzir substancialmente este valor para não o considerar mais como importante.
Ao mesmo tempo, cerca de 50% dos ganhos de publicidade eram originários dos EUA. Com isto, existem várias fontes que indicam que as afirmações de Musk não se encontram inteiramente verdadeiras, e que seria praticamente impossível para uma empresa como a X/Twitter alterar os seus planos para deixar de ser dependente da publicidade – quando esta fazia parte de 90% das suas receitas.
No entanto, ao mesmo tempo, desde que Musk entrou na direção da empresa, os cortes que foram aplicados também levaram a uma drástica redução de custos, o que pode ter ajudado a equilibrar as contas da mesma.
Aqui entra em equação o número de utilizadores que estão a subscrever aos planos pagos da plataforma – que os números indicam serem reduzidos – bem como aos programadores que se encontram a pagar pela API.
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