O YouTube é atualmente uma das maiores plataformas de vídeos na internet, contando com milhares de conteúdos enviados a cada minuto. No entanto, as regras da plataforma claramente indicam que vídeos com conteúdos de adulto são estritamente proibidos. Na maioria dos casos, vídeos enviados com este género de conteúdos são rapidamente identificados e removidos da plataforma, em formato automático.
No entanto, existe um pequeno grupo de utilizadores que se encontrava a explorar uma falha na plataforma.
De acordo com o portal 404Media, um bug no YouTube esteve durante meses a ser explorado, permitindo que conteúdos removidos de contas banidas ficassem ainda acessíveis pela plataforma.
Como se sabe, o YouTube aplica sistemas para remover rapidamente conteúdos que violem os termos de serviço, e os conteúdos para adulto são rapidamente identificados como tal. Isso leva, em muitos casos, a que as contas que enviaram este género de conteúdos sejam igualmente banidas. No entanto, foi recentemente descoberta uma falha na plataforma, que permite que os utilizadores possam enviar vídeos que são praticamente impossíveis de eliminar, mesmo que a conta base dos mesmos seja banida.
Segundo os investigadores, os vídeos permanecem na plataforma mesmo que a conta principal seja banida. O que foi descoberto terá sido um bug que, em certas condições, permite que o vídeo continue acessível. Quem tente aceder ao vídeo, invés de receber a mensagem de que a conta associada ao mesmo foi banida, vai ser direcionado para uma página simples do YouTube, onde não surge qualquer informação sobre o conteúdo – como o título ou conta a que diz respeito – mas o leitor do vídeo começa a carregar o conteúdo na normalidade.
Os investigadores apontam que existem comunidades dedicadas a explorarem estas falhas, e que a usavam para partilhar vídeos de conteúdos para adultos em plataformas como o Discord e a X, contornando alguns filtros para aceder a estes conteúdos. Como os vídeos estariam tecnicamente no YouTube, isto permitiria contornar muitos dos filtros de segurança existentes em certas redes e países.
Quanto ao bug que permite este género de atividade, os investigadores apontam que se trata do sistema de etiquetas para os vídeos. Os conteúdos do YouTube podem usar etiquetas para rapidamente identificar os mesmos dentro da plataforma e nas pesquisas. No entanto, se for usado um conjunto específico e bastante alargado de carateres no campo de etiquetas, isso causa um bug no sistema que permite manter o vídeo ativo independentemente da conta associada ao mesmo se encontrar na plataforma ou não.
No entanto, a Google parece ter reconhecido o problema, sendo que o bug foi corrigido de forma recente. Isto pode impedir que novos conteúdos sejam enviados para a plataforma explorando a falha, mas não remove completamente os vídeos anteriores que se encontravam no serviço, os quais ainda podem encontrar-se acessíveis caso tenham explorado a falha no passado.
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