A Apple encontra-se a ser acusada de pagar menos a funcionárias da empresa, em comparação com o mesmo cargo por trabalhadores do sexo masculino. O caso foi apresentado por mais de 12.000 antigas e atuais funcionárias da empresa.
De acordo com a acusação, a Apple paga uma quantia consideravelmente inferior de salário às trabalhadoras em comparação com os mesmos cargos quando ocupados por pessoas do sexo masculino, tendo sido usado como comparação a média dos últimos quatro anos.
A empresa é acusada de discriminação no pagamento de salários, sendo que o caso ganha relevo por contar com o apoio de 12.000 antigas funcionárias da empresa, bem como de quem ainda está a trabalhar na mesma.
A acusação aponta que as práticas da empresa na altura da contratação levam a que as trabalhadoras tenham salários-base inferiores à medida dos restantes funcionários da Apple, medida que se mantém mesmo com progressão de carreira futura.
A política de pagamento para candidatos a emprego criou um padrão de salários mais baixos para funcionárias, alega o processo: “A política ou prática da Apple de coletar informações sobre expectativas salariais e usar essas informações para definir o salário inicial teve o efeito de perpetuar disparidades salariais anteriores e pagar menos às mulheres do que aos homens que desempenham trabalhos substancialmente semelhantes.”
O processo vai ainda mais longe, sugerindo que a Apple regularmente penaliza funcionárias devido a “categorias pontuadas” de desempenho no trabalho que influenciam os bónus e aumentos salariais.
A ação agora apresentada em tribunal pretende que a Apple pague a compensação pelos danos causados, bem como os extras que foram sobrevalorizados das trabalhadoras.
É importante notar que esta não é a primeira situação pela qual a Apple passa derivado de discriminação com as mulheres no ambiente de trabalho. A empresa, em 2022, foi acusada de ignorar queixas de funcionárias que teriam sido vítimas de casos de abuso no trabalho. Algumas das vítimas receberam mesmo penalizações nos seus cargos por terem reportado as situações nos recursos humanos da empresa.
Até ao momento a Apple não comentou este caso.
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