A segurança dos veículos elétricos, particularmente os de fabricantes chineses, voltou a ser tema de debate após um aparatoso acidente envolvendo um Xiaomi SU7 nas estradas da China. Atenta a estas preocupações, a Xiaomi respondeu prontamente com o registo de uma nova patente destinada a reforçar a segurança das baterias dos seus veículos. Esta inovação juntar-se-á às tecnologias já implementadas nos Xiaomi SU7, com o objetivo primordial de mitigar os riscos associados às baterias em caso de colisão, especialmente o temido cenário de explosão.
A importância e dimensão das baterias num elétrico
À semelhança dos veículos a combustão, que necessitam de um depósito para o combustível, os carros elétricos requerem um sistema de armazenamento para a energia que os alimenta: a bateria. Esta é conceptualmente similar à que encontramos em telemóveis ou portáteis, mas com uma dimensão e complexidade consideravelmente maiores. Nos veículos elétricos, as baterias são frequentemente distribuídas pela zona inferior do chassis. No caso do Xiaomi SU7, estas ocupam o soalho do automóvel e são protegidas por um invólucro especialmente concebido para resistir a ruturas, perfurações, fissuras e aos efeitos de calor ou fogo. A robustez deste material de proteção foi, inclusive, demonstrada publicamente pelo próprio Lei Jun, CEO da Xiaomi.
Patente para proteger condutores: carros que preveem falhas na bateria
Com o intuito de elevar ao máximo a segurança dos seus utilizadores e do público em geral, a Xiaomi Automobile Technology Co., Ltd. apresentou uma patente designada "Método e dispositivo de predição do estado de saúde da bateria". Registada precisamente hoje, 9 de maio, esta patente enquadra-se no "campo da computação de simulação". O seu propósito é dotar o veículo elétrico da capacidade não só de diagnosticar o estado da sua bateria em tempo real, mas também de antecipar a sua evolução futura. Essencialmente, permitirá prever possíveis falhas com base nos dados recolhidos instantaneamente, possibilitando uma reação atempada para, por exemplo, prevenir um acidente.
Segundo o documento da patente, a tecnologia opera da seguinte forma:
- Primeiro passo: "Obter o primeiro conjunto de dados de treino e treinar o modelo de predição do estado da bateria de acordo com estes para determinar o primeiro conjunto de parâmetros. Este primeiro conjunto de dados de treino são os dados da condição operacional da bateria em funcionamento."
- Segundo passo: "Posteriormente, obtém-se um segundo conjunto de dados de treino, e o modelo de predição do estado da bateria é treinado de acordo com o segundo conjunto de dados de treino para determinar o segundo conjunto de parâmetros. Este segundo conjunto de dados de treino são os dados relevantes do estado de saúde da bateria."
- Terceiro passo: "Configurar o primer conjunto de parâmetros e o segundo conjunto de parâmetros no modelo de predição do estado da bateria; agora introduzem-se os parâmetros em tempo real da bateria no modelo de predição do estado da bateria para operações de inferência. Isto determinará os parámetros do estado de saúde da bateria."
Com este sistema, o software do veículo passa a dispor das ferramentas necessárias para prevenir problemas e falhas. Ao comparar os dois conjuntos de dados da bateria, consegue realizar previsões mais apuradas sobre os parâmetros do estado de saúde da mesma. Esta abordagem, segundo a Xiaomi, "evita o problema de precisão de predição insuficiente e melhora a precisão da predição do estado da bateria".
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