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Meta logo em fundo amarelo claro

 

A guerra de talentos no mundo da inteligência artificial está ao rubro, e a Meta não está a fazer prisioneiros. Numa reunião interna com todos os funcionários, o Diretor de Tecnologia (CTO) da empresa, Andrew Bosworth, acusou diretamente o CEO da OpenAI, Sam Altman, de ser "desonesto" em relação às alegações de que a Meta estaria a oferecer bónus de assinatura de 100 milhões de dólares para roubar os seus funcionários.

 

As declarações explosivas revelam a tensão crescente entre os dois gigantes da tecnologia, que lutam ferozmente pelos melhores cérebros da indústria.

 

A verdade sobre os bónus milionários

 

Durante a reunião de quinta-feira, Andrew Bosworth, também conhecido como "Boz", clarificou a polémica que se tornou viral nas redes sociais. Segundo o CTO da Meta, os números astronómicos mencionados por Altman não contam a história toda.

 

"O Sam está a ser simplesmente desonesto aqui", afirmou Bosworth. "Ele sugere que estamos a fazer isto para cada pessoa... Olhem, o mercado está ao rubro. Mas não está tão ao rubro."

 

Bosworth explicou que estas ofertas existem, mas são direcionadas a um "número muito, muito pequeno de pessoas para cargos de liderança muito sénior" na nova equipa de IA de superinteligência que a Meta está a construir. Mais importante ainda, revelou que Altman não só está ciente disto, como está ativamente a contra-atacar todas as ofertas da Meta. "O que o Sam se esquece de mencionar é que ele está a contrapor todas estas ofertas, criando um pequeno mercado para um número muito, muito pequeno de pessoas", disse Bosworth, acrescentando que os termos reais não se tratam de um simples bónus de assinatura, mas de pacotes mais complexos.

 

Meta confirma sucesso no "roubo" de talentos

 

A razão para o exagero de Altman é clara, segundo o CTO da Meta. "O Sam é conhecido por exagerar e, neste caso, sei exatamente porque o está a fazer: é porque estamos a ter sucesso em recrutar talentos da OpenAI", declarou Bosworth. "Ele não está muito feliz com isso."

 

Para reforçar a sua afirmação, Bosworth mencionou as recentes notícias sobre investigadores da OpenAI que se juntaram à Meta e prometeu que há "muitos mais em processo de contratação que não posso anunciar ou partilhar neste momento."

 

Numa nota de humor para tranquilizar os novos funcionários presentes, Bosworth disse: "Para todos os recém-chegados aqui, vocês não se enganaram. Tomaram uma ótima decisão. A remuneração está exatamente onde deveria estar."

 

A dura realidade do Meta AI face ao ChatGPT

 

Apesar da confiança na guerra de talentos, outro executivo da Meta pintou um quadro mais sóbrio sobre a posição atual dos seus produtos de IA. Chris Cox, o Diretor de Produto (CPO), admitiu que, embora o Meta AI tenha atingido mil milhões de utilizadores mensais, a profundidade do seu uso está muito aquém da concorrência.

 

"O nível de interação não é, de perto, tão profundo como a forma como as pessoas usam o ChatGPT", reconheceu Cox. Para ilustrar o desafio, revelou que a aplicação independente do Meta AI tem apenas 450.000 utilizadores diários, e "muitos deles" usam-na principalmente para gerir os seus óculos Ray-Ban Meta.

 

A estratégia é outra: entretenimento em vez de produtividade

 

Face a este cenário, a estratégia da Meta não passa por uma confrontação direta com o ChatGPT no seu próprio terreno. "Não vamos atrás do ChatGPT para tentar fazer um trabalho melhor a ajudar a escrever os vossos e-mails de trabalho", explicou Chris Cox.

 

Em vez disso, a empresa vai focar-se nos seus pontos fortes históricos. "Precisamos de nos diferenciar aqui, não nos focando obsessivamente na produtividade, que é o que vemos a Anthropic, a OpenAI e a Google a fazer. Vamos focar-nos no entretenimento, na ligação com amigos, em como as pessoas vivem as suas vidas, em todas as coisas que fazemos excecionalmente bem."

 

A Meta recusou-se a fazer comentários oficiais sobre a reunião interna, mas as declarações dos seus executivos deixam claro que a batalha pela supremacia em inteligência artificial está a ser travada em múltiplas frentes: tecnologia, produto e, talvez mais crucialmente, talento humano.




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