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pessoa enjoada ao volante

Apesar de visualmente idênticos aos seus equivalentes a combustão, a experiência de viajar num carro elétrico pode ser surpreendentemente diferente. Para um número crescente de pessoas, essa diferença traduz-se numa sensação de enjoo, um fenómeno mais comum nestes veículos do que nos tradicionais. Se isto lhe soa familiar, saiba que não está sozinho e que a ciência já investigou o motivo.

Um estudo recente aprofundou esta questão e concluiu que o problema pode estar, ironicamente, numa das maiores vantagens dos veículos elétricos: o silêncio.

O silêncio que confunde o cérebro

O nosso cérebro depende de um conjunto de sinais sensoriais para compreender o que se passa durante uma viagem de carro. Num veículo a combustão, o ruído do motor que aumenta com a aceleração, a vibração sentida durante a travagem e outros sons característicos funcionam como pontos de referência cruciais. Estes estímulos auditivos e táteis ajudam o cérebro a antecipar e a processar o movimento.

William Emond, investigador do Institut Franche-Comté Électronique Mécanique Thérmique et Optique, explicou que nos carros elétricos, a ausência quase total destes sons deixa o cérebro desorientado. Os olhos veem a paisagem a passar, indicando movimento, mas os ouvidos não recebem a confirmação sonora correspondente. Este conflito sensorial é um gatilho clássico para o enjoo, especialmente em indivíduos mais sensíveis.

A travagem regenerativa agrava a sensação

Outro fator que contribui para esta confusão cerebral é a travagem regenerativa, uma tecnologia comum nos carros elétricos. Este sistema desacelera o veículo de uma forma muito mais suave e linear do que a travagem por fricção tradicional. Para o nosso cérebro, habituado a décadas de condução convencional, esta desaceleração pode ser interpretada como "antinatural", intensificando a sensação de desconforto e enjoo.

Fabricantes procuram a solução tecnológica

Conscientes deste problema, vários fabricantes automóveis já estão a desenvolver e a implementar soluções para tornar a experiência de viagem mais confortável. As abordagens são variadas e focam-se em reintroduzir os estímulos em falta:

  • Sons artificiais: Emissão de ruídos no interior do habitáculo que simulam a aceleração e desaceleração, fornecendo as pistas auditivas que o cérebro espera.

  • Iluminação reativa: Sistemas de luz ambiente que mudam de cor ou intensidade em função da velocidade, oferecendo um feedback visual adicional sobre o comportamento do carro.

  • Feedback tátil: Bancos com tecnologia de vibração artificial que imita as sensações de um motor a combustão, completando o leque de estímulos e reduzindo a confusão sensorial.

Uma dica simples para viagens mais tranquilas

Enquanto estas tecnologias não se generalizam, existe uma forma simples de atenuar o problema: se costuma enjoar, seja o condutor. Ao conduzir, o cérebro recebe mais estímulos e está ativamente envolvido na tarefa de acelerar e travar, o que ajuda a antecipar os movimentos e a reduzir significativamente a probabilidade de sentir desconforto.




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