A Microsoft anunciou hoje uma novidade que promete revolucionar a forma como interagimos com o nosso computador. Chama-se Copilot Actions e transforma o assistente de Inteligência Artificial do Windows 11 num verdadeiro agente autónomo, capaz de realizar tarefas em ficheiros e aplicações locais. Esta funcionalidade, que está quase a chegar aos Windows Insiders através do Copilot Labs, dá um passo de gigante na visão da Microsoft de integrar a IA diretamente no ambiente de trabalho.
Até agora, o Copilot era um assistente passivo, respondendo a perguntas e executando comandos simples. Com as Copilot Actions, a conversa muda de tom. A IA ganha a capacidade de interagir com o sistema como um humano, utilizando visão computacional e raciocínio avançado para clicar, escrever e fazer scroll. Na prática, o seu assistente digital passa a ser um colaborador ativo que pode tratar de tarefas complexas.
Um assistente que trabalha a sério
Imagine pedir ao seu computador para organizar os ficheiros da pasta de transferências, atualizar um documento com novos dados, reservar bilhetes para uma viagem ou até enviar um email. É este o tipo de tarefas que as Copilot Actions prometem automatizar, aumentando a eficiência e a produtividade dos utilizadores.
A Microsoft explica que esta tecnologia transforma o Copilot de um copiloto num verdadeiro piloto automático para as suas tarefas digitais, libertando tempo para o que realmente importa.
Mas como funciona (e é seguro)?
A segurança é uma preocupação central, e a Microsoft detalhou no seu blog oficial do Windows os quatro pilares que sustentam esta nova funcionalidade. Cada agente de IA irá operar numa "Área de Trabalho do Agente" (Agent Workspace) própria, um ambiente isolado do ambiente de trabalho principal do utilizador.
Tecnicamente, esta área de trabalho funciona como uma sessão-filha do Ambiente de Trabalho Remoto do Windows. Isto garante que o agente não consegue ver ou interagir diretamente com o que o utilizador está a fazer, mantendo a privacidade. Cada agente funcionará sob uma conta de utilizador "standard", sem privilégios de administrador, e com acesso limitado, por defeito, às pastas de sistema como Documentos, Transferências e Imagens.
Para reforçar a segurança, todos os agentes serão assinados criptograficamente, permitindo à Microsoft revogar certificados de agentes maliciosos ou comprometidos. A empresa garante ainda que a funcionalidade se rege pela sua Declaração de Privacidade e pelo Padrão de IA Responsável.
Controlo total nas mãos do utilizador
Para os mais cautelosos, a Microsoft assegura que as Copilot Actions estarão desativadas por defeito. Para as experimentar, será necessário ativá-las manualmente nas Definições do Windows 11.
A empresa planeia também implementar uma forma de os utilizadores autorizarem, monitorizarem e assumirem o controlo das ações do agente a qualquer momento. Embora o acesso inicial dos agentes seja limitado, controlos de segurança mais granulares para o acesso a outras pastas e ficheiros serão disponibilizados mais tarde. A Microsoft confirmou ainda que não haverá alterações nos requisitos de hardware do Windows 11, estando a otimizar as áreas de trabalho para minimizar qualquer impacto no desempenho do sistema.
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