
A Microsoft Portugal está a levar a cabo um despedimento coletivo que abrange 68 trabalhadores, uma medida que reflete a reestruturação global que a gigante tecnológica tem vindo a implementar ao longo do ano. Fontes ligadas ao processo adiantaram à SIC Notícias que esta é já a segunda vez em 2025 que a subsidiária portuguesa avança com um corte significativo no seu quadro de pessoal.
Reestruturação global chega a Portugal
As mudanças em Portugal fazem parte de uma estratégia mais ampla da Microsoft, sediada em Seattle, que tem ajustado a sua força de trabalho para enfrentar um mercado dinâmico e focar-se em áreas de elevado investimento. Entre os postos de trabalho eliminados em território nacional estão gestores de contas de clientes ('customer account managers'), especialistas em soluções na nuvem ('cloud solution architects') e equipas do programa FastTrack, responsáveis por auxiliar os clientes na implementação das tecnologias da empresa.
A recém-formada Comissão de Trabalhadores da Microsoft Portugal não prestou declarações, citando um acordo de confidencialidade que a vincula à empresa.
Contactada pela Lusa, uma fonte oficial da multinacional reiterou a posição que tem vindo a público nos últimos meses, afirmando que a Microsoft está a "implementar mudanças organizacionais necessárias para posicionar melhor a empresa para o sucesso num mercado dinâmico".
A estratégia da Microsoft: Foco na IA e controlo de custos
Globalmente, a Microsoft tem realizado vários despedimentos ao longo do ano. A mais recente ronda foi anunciada em julho, afetando milhares de funcionários em diversas equipas, incluindo as divisões de vendas e de videojogos Xbox. Embora a empresa não tenha especificado o número exato, indicou que os cortes representam menos de 4% da sua força de trabalho de há um ano, que rondava os 228.000 trabalhadores a tempo inteiro.
Esta tendência de reajuste é comum em várias gigantes tecnológicas, que estão a otimizar as suas estruturas após os fortes investimentos e contratações realizados durante o período da pandemia.
No caso da Microsoft, a pressão para controlar os custos tem aumentado, especialmente devido aos elevados investimentos em centros de dados, essenciais para alimentar os seus ambiciosos projetos de inteligência artificial e serviços de computação na nuvem. A fatura da corrida à IA parece, assim, estar a ser sentida nos recursos humanos da empresa a nível mundial.











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