
A OpenAI, criadora do ChatGPT, enfrenta um novo processo judicial, desta vez por alegada violação de marca registada. A queixa foi apresentada pela Cameo, a popular plataforma que vende vídeos personalizados de celebridades, devido ao uso do nome "Cameo" numa das funcionalidades da nova aplicação de vídeo Sora.
A origem do conflito
Quando a OpenAI lançou a sua aplicação Sora, semelhante ao TikTok, uma das suas funcionalidades de destaque foi batizada de "Cameo". Esta ferramenta permite que os utilizadores adicionem a imagem de qualquer pessoa aos vídeos gerados por inteligência artificial. A empresa por detrás da app de vídeos de celebridades alega que esta utilização do nome "Cameo" é suscetível de causar confusão nos consumidores e de diluir a sua marca, que está bem estabelecida no mercado.
"Com a conduta alegada nesta queixa, a OpenAI apropriou-se conscientemente de uma marca bem estabelecida e registada federalmente, ignorando... o risco claro de confusão do consumidor e o dano irreparável que será infligido aos direitos da marca e à marca Cameo", pode ler-se no processo.
As duas faces da "Cameo"
De um lado, a Cameo permite que os utilizadores escolham entre uma vasta lista de celebridades — como Jon Gruden ou Colin Mochrie — para criar vídeos curtos e personalizados, com preços que variam entre os 30 e os 600 dólares. Do outro, a aplicação Sora utiliza a tecnologia de geração de vídeo Sora 2 para criar e partilhar vídeos. A app gerou controvérsia desde o seu lançamento devido ao potencial uso não autorizado de anime e de imagens de celebridades falecidas.
A Cameo argumenta que a OpenAI não só usou o seu nome como começou a oferecer um serviço concorrente, utilizando deepfakes de celebridades como Mark Cuban e Jake Paul. "Os utilizadores que procuram um vídeo personalizado de uma celebridade [podem] usar o serviço Cameo para contratar o talento e receber um vídeo autêntico e personalizado... ou usar o serviço 'Cameo' do Sora para criar um vídeo extremamente realista gerado por IA com a imagem de uma celebridade", detalha a queixa.
Um porta-voz da OpenAI declarou à Reuters que a empresa está a analisar o processo, mas discorda "que alguém possa reivindicar a propriedade exclusiva da palavra 'cameo'". Já o CEO da Cameo, Steven Galanis, afirmou que tentou resolver a disputa "amigavelmente", mas que a OpenAI se recusou a deixar de usar o nome.











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