
O World of Warcraft está prestes a celebrar o seu 21º aniversário, mas a comunidade está longe de estar em modo de festa. A Blizzard confirmou a introdução de uma nova moeda virtual, a "Hearthsteel", com a chegada da expansão Midnight, e os jogadores temem que seja uma nova "armadilha" de microtransações num jogo que já exige uma subscrição mensal de cerca de 14 euros.
A explicação oficial da Blizzard
Num comunicado no seu blog oficial, a Blizzard explicou que o objetivo da "Hearthsteel" está ligado ao novo sistema de habitação (housing). A empresa afirma que a moeda permitirá aos jogadores comprar "vários itens de uma só vez" de forma mais eficiente, dando como exemplo "um conjunto completo de cadeiras para uma mesa de jantar" ou "muitas velas". A Blizzard refere ainda que o uso desta moeda oferece "proteções financeiras" para as partes envolvidas.
Como se obtém a "Hearthsteel"?
A Blizzard clarificou que os jogadores poderão adquirir "Hearthsteel" usando o seu saldo Battle.net (ou seja, dinheiro real) ou através de ouro ganho no jogo, utilizando os WoW Tokens.
A empresa tentou, no entanto, acalmar os ânimos, garantindo que o catálogo de itens comprados com "Hearthsteel" será pequeno em comparação com o que pode ser ganho a jogar. "Itens de habitação ligados às fantasias centrais da raça ou classe do jogador, ou que já existem em Azeroth, não serão vendidos na loja", assegura o comunicado. "Decoração tematicamente importante que os jogadores conhecem e adoram também não aparecerá na loja."
Jogadores falam em traição
Esta nova moeda foi descoberta inicialmente por dataminers, e a confirmação oficial da Blizzard apenas serviu para inflamar a comunidade, que vê esta adição como um passo na direção errada.
"Nem sequer se trata da moeda", desabafou um utilizador no Reddit do WoW. "Trata-se de uma grande e dedicada parte da base de jogadores a clamar há anos que não queremos que o jogo siga esta direção, e aqui está ela."
A sombra da Microsoft e a margem de 30%
É difícil dissociar esta nova estratégia de monetização da recente diretiva da Microsoft para a sua divisão Xbox (da qual a Blizzard faz parte). No mês passado, foi noticiado que a gigante de software implementou um "objetivo transversal" de 30% de margens de lucro para a sua divisão de videojogos, internamente apelidadas de "margens de responsabilidade".
Este valor é significativamente superior à média da Xbox nos últimos seis anos, que se situou entre os 10% e os 20%, o que pode estar a pressionar estúdios como a Blizzard a encontrar novas fontes de receita, mesmo em jogos com subscrição.










Nenhum comentário
Seja o primeiro!