A China é um mercado absolutamente crucial para a Tesla, mas os últimos dados indicam que a empresa de Elon Musk está a enfrentar sérias dificuldades. O principal responsável parece ser um concorrente inesperado: a Xiaomi, que tem registado um crescimento vertiginoso.
Os números de outubro são claros: a Xiaomi vendeu um total de 48.654 unidades dos seus modelos SU7 e do novo SUV YU7. No mesmo período, a Tesla comercializou apenas 26.006 veículos.
Estes números, avançados pela Reuters, representam o pior desempenho da Tesla em três anos no mercado chinês, fazendo a sua quota de mercado cair para apenas 3,2%, uma descida abrupta face aos 8,7% que detinha no ano passado.
Problemas acumulam-se para Musk
O desafio da Tesla não se limita à China. A empresa tem vindo a perder vendas em mercados europeus importantes, como a Alemanha, Espanha, Holanda e os países nórdicos. Analistas de mercado apontam o envolvimento de Elon Musk em questões políticas como um fator que tem afastado alguns consumidores.
Mesmo as promoções significativas que a Tesla implementou nos últimos meses não conseguiram reverter a tendência, não se traduzindo num aumento de vendas.
Mercado chinês arrefeceu, mas Xiaomi brilha
Por outro lado, os excelentes números da Xiaomi demonstram que, apesar de ser uma novata no segmento dos carros elétricos, a marca tem potencial para enfrentar nomes muito mais consolidados.
O feito é ainda mais notável quando se considera o contexto geral. O mercado chinês, o maior do mundo para veículos elétricos, arrefeceu. A própria BYD, uma gigante do setor, viu as suas vendas encolherem 12% em relação a 2024.
O mercado chinês continua a ser marcado por um excesso de marcas locais que, tal como acontece no mundo dos smartphones, acaba por "pulverizar" as vendas e aumentar a concorrência.
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