
A indústria tecnológica prepara-se para um ano desafiante em 2026, e a Samsung não é exceção. Embora a gigante sul-coreana esteja a planear introduzir novidades interessantes na sua próxima série de topo, o cenário económico dos componentes pode ditar um rumo diferente. Segundo um novo relatório do portal sul-coreano The Bell, a fabricante está atualmente a reavaliar a estrutura de preços para os telemóveis da linha Galaxy S26, pressionada por uma crise severa no custo dos componentes.
O principal culpado parece ser, sem surpresa, a "corrida ao ouro" da Inteligência Artificial. A procura explosiva por parte das empresas de IA provocou um aumento drástico no custo das memórias RAM. Os analistas citados pela fonte preveem que estes valores continuem a crescer até 40% durante o ano de 2026, o que ameaça reduzir significativamente as margens de lucro da Samsung se medidas não forem tomadas.
Estratégias de poupança: Processadores e ecrãs na mira
Para tentar manter os preços competitivos e evitar um impacto negativo nas vendas, a Samsung está a desenhar várias estratégias de contenção de custos. A fonte indica que a empresa está em negociações ativas com a chinesa BOE para conseguir preços mais baixos nos painéis OLED destinados à nova série.
Além disso, a escolha do processador poderá ser decisiva. A fabricante pretende utilizar o seu próprio chip, o Exynos 2600, nos modelos base Galaxy S26 e S26+, deixando de lado o mais dispendioso Snapdragon 8 Elite Gen 5 da Qualcomm nestas variantes. Esta medida visa criar uma "almofada" financeira que permita absorver o aumento dos custos da memória sem onerar demasiado o consumidor final.
O precedente do dobrável vendido com prejuízo
A situação é séria e os efeitos já se fazem sentir no portefólio atual da marca. O relatório aponta que a Samsung está a vender o seu dobrável mais recente e ambicioso, o Galaxy Z TriFold, com prejuízo no mercado doméstico da Coreia do Sul. Este cenário deve-se, precisamente, à escalada de preços nos componentes essenciais para o fabrico do dispositivo.
No entanto, o que a Samsung pode tolerar num dispositivo de nicho e com unidades limitadas como o TriFold, não é sustentável para a sua linha principal de telemóveis, que movimenta milhões de unidades a nível global. É pouco provável que a empresa aceite vender a família Galaxy S26 sem lucro, o que deixa a marca numa encruzilhada: ou reduz drasticamente os custos de produção noutras áreas, ou os consumidores terão de preparar a carteira para um ajuste de preço no próximo ano.










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