O mercado espera ansiosamente a chegada dos dispositivos dobráveis para a compra pelos consumidores em geral. Um dos que é mais aguardado neste campo é o Galaxy Fold da Samsung, porém os testes iniciais apontam que o desempenho e funcionalidade do mesmo podem ainda não satisfazer todos os utilizadores.
Mishaal Rahman, editor-chefe do site XDA Developers, revelou ter obtido acesso a uma unidade final do Galaxy Fold, a mesma que irá ser colocada para venda ao público brevemente. Este modelo possuía o processador Snapdragon 855, e apesar de o desempenho deste processador ser mais do que suficiente para um smartphone atual, ele ainda assim fica abaixo da expectativa no Galaxy Fold.
Os primeiros testes realizados foram ao novo sistema de armazenamento de ficheiros, otimizado em tecnologia UFS 3.0. Neste, os valores ficaram bastante próximos ao que se verifica no Galaxy S10+, não surgindo nenhuma novidade. A velocidade de leitura encontra-se nos 1513 MB/s e a de gravação em 419 MB/s.
O ecrã interno e externo do Galaxy Fold também pode ser personalizado de forma individual, com o utilizador a poder escolher entre imagens estáticas e vídeos como wallpaper.
No entanto, a par com estas melhorias, surgem também alguns problemas. Um dos mais visíveis encontra-se na troca de aplicações entre o ecrã externo do equipamento e o interno. Quando o utilizador realiza a troca de ecrãs, existe um período de espera para que toda a interface seja otimizada para o novo ecrã – o que inclui o recarregamento de páginas web que se encontrem abertas.
Além disso, para aplicações que não suportem o redimensionamento automático da interface, surge um botão que permite recarregar a interface por completo – o que seria similar a fechar e abrir a aplicação novamente. Além disso, quando aberta, o ecrã não permite rodar a interface em mais de 180 graus e não pode ser utilizado enquanto se encontra meio dobrado – no formato de um pequeno portátil, onde o ecrã poderia ser dividido para teclado/funcionalidade.
O vinco da dobradiça é outro ponto de discórdia, sendo que fica um pouco visível quando se encontra a ser utilizado normalmente. No entanto, caso o brilho do ecrã seja colocado para mais de 70%, este fica menos percetível.
Por fim, o desempenho final do processador. Este é um dos principais pontos negativos do Galaxy Fold, sendo que os primeiros dados analisados na aplicação Geekbench apontam para um desempenho inferior ao esperado – com apenas 3.418 pontos no teste single core e 9.703 pontos no multicore.
É importante relembrar que, por enquanto, todas estas informações partem de fontes não oficiais. No entanto, tendo em conta que os testes foram realizados numa suposta versão final do Galaxy Fold, não devem ser esperadas muitas diferenças entre o que foi registado neste caso e os modelos a serem colocados em venda no mercado.
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