No caso da Epic Games temos vindo a ver mais movimentações a nível da sua “guerra” com a Apple, tanto que por vezes acaba por passar despercebido que o caso também se encontra ativo sobre a Google.
E agora, novas revelações demonstram o quanto a Google estava preocupada que Fortnite não estivesse disponível na Play Store para os utilizadores, mas sim em plataformas de terceiros, ao ponto de tentar encontrar falhas especificas para o jogo.
De acordo com o portal Bloomberg, citando documentos do caso apresentado em tribunal entre a Google e a Epic Games, a gigante da tecnologia na Internet terá criado no passado uma equipa dedicada para lidar com o caso do Fortnite, demonstrando que a empresa estaria preocupada que o jogo não ficasse acessível na sua loja de aplicações, mas também para identificar os problemas associados com o jogo, tendo em conta a sua popularidade.
Segundo os documentos, a equipa teria sido criada em 2018, especificamente para lidar com as questões sobre como Fortnite estaria a contornar a Play Store. Um foco do grupo seria analisar se existia o potencial de segurança para alguém que instalasse o Fortnite em sideload.
A Google é bem conhecida por também encontrar vulnerabilidades, de tempos a tempos, em software popular no mercado. Esta realiza a medida de forma amigável, dando 90 dias aos programadores dessas aplicações para resolverem as mesmas, antes da falha ser tornada pública.
No entanto, no caso de Fortnite, a equipa dedicada para lidar com este caso estaria ativamente a procurar falhas em Fortnite, dando apenas um alerta com 9 dias para resolução das mesmas, antes de as enviar para meios de imprensa.
Os documentos revelam que até mesmo engenheiros da Google consideravam que os alertas da Google sobre possíveis falhas em Fortnite eram considerados “excessivos”.
Em resposta, a Google afirma que as falhas descobertas pela empresa seriam consideradas graves o suficiente para poder comprometer informação dos utilizadores, motivo pelo qual foram notificadas para a Epic Games com o objetivo de serem resolvidas.
No final, a Google estaria a tentar, segundo os documentos, criar uma imagem negativa para Fortnite, em como este, por ser distribuído fora da Play Store, estaria a colocar em risco a segurança dos utilizadores, algo que a empresa nega.
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