Recentemente as autoridades na Índia passaram uma nova legislação, na qual vai ter grandes impactos sobre a forma como plataformas de VPN usam servidores no pais. Sobre a nova legislação, as entidades que fornecem serviços de VPN no pais passam a ser obrigadas a registar dados dos utilizadores, e a manter os mesmos no pais, durante um período de cinco anos.
Obviamente, esta ideia vai contra a mentalidade de privacidade que muitas plataformas de VPN fornecem. Como tal, não será talvez estranho ver que algumas empresas já começaram a realizar medidas que vão contra esta lei.
A ExpressVPN, uma das maiores plataformas de VPN a nível mundial, confirmou que vai desativar todos os seus servidores na Índia face a estas novas legislações. De relembrar que a nova lei vai entrar em vigor a partir de 27 de Junho.
Em comunicado, a ExpressVPN confirmou que vai desativar os servidores no pais por não concordar com as ações do governo indiano, considerando que as mesmas limitam a liberdade de expressão e colocam em risco a segurança e privacidade dos utilizadores na internet – sobretudo dos que usam serviços de VPN para essa tarefa.
No entanto, isso não quer dizer que a empresa vai inteiramente abandonar o serviço nessa localização. A empresa ainda vai fornecer a possibilidade de os utilizadores usarem a sua plataforma de VPN através de sistemas “virtuais”, que basicamente são servidores que estão alojados em diferentes países – como o Reino Unido – mas usam endereços IPs que estão diretamente associados com a Índia. Dessa forma, os servidores não estão fisicamente no pais.
De relembrar que a ExpressVPN não é a única plataforma de VPN que se demonstra preocupada com estas novas legislações. Também a NordVPN e Surfshark deixaram críticas quanto à medida.
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