Desde que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia começou, as apps mais descarregadas na Rússia passaram de redes sociais e apps de produtividade para serem plataformas de VPN. Esta foi a forma encontrada pelos cidadãos russos de continuarem a aceder a alguns sites externos, que foram sendo bloqueados.
No entanto, as autoridades locais começaram recentemente a apertar os bloqueios, e agora parece que são as plataformas de VPN as visadas. A Roskomnadzor, entidade gestora da internet no país, começou desde a semana passada a bloquear alguns dos maiores fornecedores de serviços de VPN na Rússia, deixando milhões de utilizadores sem acesso a informação externa.
A lista de plataformas VPN atualmente bloqueadas na Rússia tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos dias, e inclui já nomes como Proton VPN, Opera VPN, Nord VPN, e VyprVPN.
Segundo as estimativas, mais de 30% dos utilizadores russos começaram a usar plataformas de VPN para acederem a sites em outros países. Por outro lado, as autoridades locais encontram-se a bloquear estas plataformas para evitar que os cidadãos russos obtenham informações fora do governo – que em parte usa campanhas de desinformação sobre a guerra.
Apesar de esta medida não ser de todo inesperada, a mesma limita a informação que é possível de obter a partir do pais. Ainda de forma recente plataformas como o Cloudflare, que fornece serviços na internet a nível global, confirmou que não pretende sair da Rússia, visto que os cidadãos necessitam de mais acesso à internet, e não menos, para terem informações verídicas sobre o que se encontra a ocorrer.
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