Muitas empresas encontram-se a olhar para a Inteligência Artificial como o futuro, tanto que exemplos como os criadores pela OpenAI demonstram claramente o que se reserva para o futuro.
No entanto, apesar de a Microsoft estar cada vez mais focada no futuro via IA, parece que a Meta vai na direção oposta. Pelo menos no que diz respeito às tecnologias que a OpenAI apresentou até ao momento, onde se inclui o ChatGPT.
Numa recente entrevista, o cientista chefe da Meta respeitante a tecnologias de IA, Yann LeCun, afirmou que a tecnologia que a OpenAI integrou sobre o ChatGPT pode ser considerada interessante, mas longe de ser inovativa para o mercado.
LeCun afirma que o ChatGPT, a nível técnico e do que é capaz de fornecer para os utilizadores, não é uma tecnologia que a Meta considere propriamente inovadora para o mercado. O mesmo afirma que, apesar de a parte da engenharia ser interessante, o funcionamento do ChatGPT encontra-se longe de ser algo inovador, sendo algo que outras empresas já realizaram no passado.
O que impressiona será a forma como o sistema foi treinado, e os modelos usados para a criação do mesmo, que é consideravelmente mais avançado do que qualquer outra entidade tinha feito até ao momento. No entanto, o cientista afirma que não é algo impossível de ser atingido por outras empresas.
Quando questionado sobre o motivo para a Meta ou a Google ainda não terem lançado plataformas similares à ChatGPT, o cientista afirma que tal deve-se sobretudo ao formato em que os sistemas são desenvolvidos e à forma como cada empresa vê essa inovação. LeCun afirma que as empresas possuem muito a perder a partir do momento que colocam as suas inovações para o público, o que pode acabar por prejudicar os projetos como um todo.
Ao mesmo tempo, existem ainda questões a nível da legalidade e dos problemas de direitos de autor, que podem ser algo que acabe por prejudicar todo um processo, e que as empresas necessitam de ter em conta antes de lançar algo para o público.
O cientista afirma mesmo que as antecipações sobre o futuro da tecnologia devem ser tidas com cautela. Em parte sobre o sucessor do GPT-3, que muitos acreditam vir a ser verdadeiramente inovador, mas que vários também apontam que está a ser colocado com um pedestal demasiado elevado, e que pode levar no final à deceção.
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