O Twitter volta a encontrar-se em problemas legais, desta vez sobre a Alemanha e as autoridades locais, derivado da forma como a rede social tem vindo a gerir conteúdos de ódio antissemitista.
O caso, que foi apresentado no tribunal de Berlim durante o dia de ontem, por parte da entidade HateAid, aponta o facto que o Twitter tem vindo a realizar poucas medidas no combate a conteúdos de ódio dentro da sua plataforma, nomeadamente relacionados com conteúdos antissemitistas e de negação do holocausto.
Este género de conteúdos tem vindo a propagar-se sobre o Twitter, praticamente sem controlo pela administração de Elon Musk, e encontra-se em violação das leis locais na Alemanha. A acusação aponta que, apesar de as regras do Twitter banirem este género de conteúdos, a moderação efetiva do mesmo é feita com bastante falhas.
O caso indica que uma grande parte dos conteúdos de ódio na plataforma são mantidos online, mesmo quando os utilizadores o reportam para moderação direta. O caso suporta ainda um recente estudo, realizado pelo Center for Countering Digital Hate, e que aponta que 84% dos tweets com conteúdos de ódio na plataforma não são removidos ou moderados.
O caso indica ainda que, apesar de o Twitter ter conhecimento destes casos, a resposta do mesmo para com a comunidade é praticamente nula, sem a moderação dos conteúdos de forma apropriada e permitindo que certas comunidades sejam diretamente atacadas pelos mesmos.
De relembrar que o Twitter, desde que Elon Musk entrou na administração, reduziu consideravelmente o número de funcionários na empresa. Estima-se que as equipas responsáveis pela moderação de conteúdos tenham sido das mais afetadas pelos cortes, e que o número de funcionários atualmente existentes para esta tarefa são insuficientes para uma plataforma como o Twitter.
Até ao momento o Twitter não deixou comentários sobre o presente caso, mas a empresa também não conta com uma equipa de comunicação externa para deixar detalhes sobre o mesmo.
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