A Meta encontra-se a ser multada pelas autoridades europeias, depois de ter sido dado como provado que a empresa terá enviado informação de utilizadores em solo europeu para os EUA, violando as leis de proteção de dados.
De acordo com o Wall Street Journal, fontes próximas do caso indicam que as autoridades europeias devem apresentar mais detalhes durante as próximas horas. Esta encontra-se respeitante à medida da Meta em enviar dados dos utilizadores em regiões europeias para sistemas nos EUA, violando as leis de proteção de dados existentes.
A medida eleva ainda mais a pressão com o governo dos EUA, que se encontra a concluir a negociação de um acordo que iria permitir à Meta, e a milhares de outras empresas, continuarem a enviar dados para os EUA.
As autoridades europeias alegam que a Meta terá mantido informação de utilizadores na Europa sob sistemas localizados nos EUA, que se encontram sobre um regime de privacidade diferente – e de onde poderão estar sob o controlo das autoridades locais.
O valor da multa, a confirmar-se, é também um dos maiores aplicados a uma empresa, sendo superior aos 806 milhões de dólares que a Amazon também sofreu por violações similares, em 2021.
Além da multa, a Meta será ainda ordenada a bloquear o envio de dados dos utilizadores da União Europeia para os EUA, bem como deve eliminar toda a informação que tenha sido anteriormente enviada. No entanto, a Meta pode evitar esta medida caso as autoridades e o governo dos EUA criem o acordo que vai permitir a circulação de dados entre as duas regiões.
Caso o acordo não se venha a realizar, a Meta poderá ter de começar a trabalhar em sistemas que venham a ser usados como forma de manter os dados dos utilizadores europeus em solo local. No entanto, fontes próximas da Meta indicam que a criação deste sistema seria bastante complexa.
Ao mesmo tempo, esta decisão das autoridades é uma das maiores medidas aplicadas contra uma empresa relativamente à privacidade de dados, e pode ter sérios impactos para o futuro do Facebook – de relembrar que, anteriormente, a Meta já tinha deixado claro que a limitação na recolha de dados e processamento dos mesmos nos EUA poderia limitar seriamente as atividades da empresa em solo europeu, bem como o de outras entidades.
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