A Glovo encontra-se a verificar novos problemas em Espanha, depois de as autoridades terem multado a empresa em 57 milhões de euros, por alegadamente violar as leis de trabalho locais.
Em causa encontra-se o facto da Glovo classificar os condutores da empresa como trabalhadores independentes, o que leva a que a entidade consiga escapar ao pagamento da segurança social dos mesmos. De acordo com as autoridades, existem mais de 7800 condutores da Glovo que estão a ser classificados como trabalhadores independentes, apesar de trabalharem diretamente com a empresa.
Com esta medida, a Glovo evita ter de pagar os valores de segurança social dos mesmos, que as autoridades estimam atingir os 19 milhões de euros. A multa engloba ainda 32.9 milhões de euros por violações das práticas de trabalho em Espanha, bem como 5.2 milhões por permitir que trabalhem na plataforma cidadãos sem residência em Espanha e sem visto de trabalho.
Esta é a mais recente multa aplicada contra a empresa, sediada em Espanha. Já em Setembro de 2022 a empresa tinha sido multada em 79 milhões de euros por também classificar mais de 10.000 condutores como trabalhadores autónomos.
Apesar de a Glovo confirmar a coima, a empresa afirma que irá apelar da mesma, acreditando que não foram violadas leis de trabalho. Em parte, plataformas como a Glovo têm vindo a aproveitar o facto que a lei não se encontra diretamente adaptada para este género de trabalhos em formato digital, algo que muitos críticos apontam como sendo um problema.
Apesar disso, ao longo dos anos, vários países começaram a adotar medidas para este género de trabalhos, classificando os condutores das entidades como trabalhadores diretos da mesma, o que levanta novas obrigações para com essas entidades – a maioria envolvida em custos igualmente avultados.
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