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Volante com botões de acesso rápido

A Mazda, conhecida por seguir o seu próprio caminho e resistir a tendências passageiras, parece ter cedido a uma das modas mais controversas da indústria automóvel. Com a revelação da terceira geração do seu popular SUV, o CX-5, a marca japonesa optou por uma abordagem minimalista, reduzindo drasticamente o número de comandos físicos no habitáculo.

Nesta nova geração, desaparecem os controlos físicos dedicados ao sistema de climatização e também o característico comando rotativo que permitia navegar no sistema de infoentretenimento. Os poucos botões que restam foram redesenhados e concentram-se agora no volante, com a promessa de uma utilização mais intuitiva.

A justificação surpreendente da Mazda

Esta mudança é particularmente inesperada, especialmente tendo em conta as críticas generalizadas que os sistemas totalmente dependentes de ecrãs táteis têm recebido. Várias marcas, ouvindo o feedback dos clientes, começaram a reintroduzir botões para funções essenciais.

Por essa razão, a decisão da Mazda levantou questões. O site Motor1 questionou diretamente a marca sobre esta estratégia. A resposta da Mazda foi surpreendente: a mudança foi baseada precisamente no "feedback dos clientes". A fabricante defende que "o novo CX-5 substitui o comando rotativo por um ecrã tátil central, que é a solução mais adequada para minimizar o tempo em que as mãos estão fora do volante".

Esta justificação representa uma inversão na filosofia da própria marca, que nos seus modelos mais recentes impede a interação tátil com o ecrã enquanto o carro está em movimento, forçando o uso do comando rotativo para evitar distrações. Como alternativa, a Mazda salienta que o novo CX-5 conta com tecnologia de reconhecimento de voz para controlar funções como o ar condicionado, o sistema de som ou a navegação.

Uma decisão que vai contra a maré

A aposta da Mazda num interior quase sem botões acontece numa altura em que outras marcas fazem o caminho inverso. A Volkswagen, por exemplo, foi alvo de fortes críticas pela ausência de botões na geração atual do Golf e na família ID., optando por controlos táteis e superfícies hápticas pouco práticas. Em resposta, a marca alemã já está a reintroduzir botões físicos nos volantes e confirmou que os comandos da climatização regressarão em futuros modelos.

O CX-5 não é um caso isolado dentro da Mazda. O recém-lançado Mazda 6e segue um princípio semelhante, embora neste caso possa estar relacionado com a sua base, o modelo chinês Changan Deepal SL03.

O grande obstáculo no horizonte: Euro NCAP

A tendência de eliminar botões físicos pode estar com os dias contados, não só pela reação negativa de clientes e da imprensa especializada, mas também por uma nova regra do Euro NCAP.

A partir de 2026, o organismo independente de segurança vai começar a penalizar na sua avaliação os modelos que não possuam comandos físicos (sejam botões, hastes ou outros) para funções consideradas cruciais. O peso desta nova avaliação será tão significativo que poderá impedir um veículo de alcançar a cobiçada classificação de cinco estrelas se não cumprir este requisito, representando um desafio direto à nova filosofia de design da Mazda.




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