
O Presidente Donald Trump voltou a usar a sua plataforma, a Truth Social, para visar diretamente uma executiva de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Desta vez, o alvo foi Lisa Monaco, Presidente de Assuntos Globais da Microsoft, cuja demissão foi exigida de forma imediata.
Numa publicação na Truth Social, Trump foi claro: “É minha opinião que a Microsoft deveria terminar imediatamente o emprego de Lisa Monaco”. A justificação para o pedido assenta no passado profissional da executiva, que ocupou cargos de relevo em administrações democratas.
As acusações de Trump e o historial de Lisa Monaco
Na sua publicação, Trump citou o seu passado como “uma assessora sénior de Segurança Nacional sob Barack Hussein Obama, e uma Vice-Procuradora-Geral obcecada com Lawfare e Weaponization sob o Desonesto Joe Biden”. O Presidente considerou “inaceitável” que Monaco tenha acesso a “informação altamente sensível” na sua posição atual.
Lisa Monaco juntou-se à Microsoft em maio, assumindo um cargo crucial que supervisiona a política de cibersegurança da empresa e as suas relações com governos a nível mundial. Este ataque surge depois de Trump já ter revogado a acreditação de segurança de Monaco no início deste ano, numa ordem que visou também outras figuras da administração Biden, como a Vice-Presidente Kamala Harris e a ex-Secretária de Estado Hillary Clinton.

Um padrão de pressão sobre o setor tecnológico
Esta não é a primeira vez que Trump visa diretamente um executivo de uma gigante tecnológica. Recentemente, o Presidente exigiu a demissão imediata de Lip-Bu Tan, presidente da Intel, devido a alegados conflitos de interesse. No entanto, após a Intel ter chegado a um acordo com o governo que envolveu uma participação de 10% na empresa, Trump mudou o tom e descreveu Tan como um “CEO Altamente Respeitado”.
A pressão sobre Monaco tem sido também alimentada por figuras como Laura Loomer, uma ativista de extrema-direita e aliada de Trump, que tem criticado repetidamente a Microsoft pela contratação. Nas suas publicações na rede social X, Loomer chegou a atacar o CEO da Microsoft, Satya Nadella, por ter “nascido na Índia”, apelando a que o Presidente cancele todos os contratos governamentais com a empresa.
Até ao momento, a Microsoft ainda não emitiu um comentário oficial sobre as declarações de Donald Trump. Este episódio reforça a crescente tensão entre a administração Trump e o setor tecnológico, onde nomeações de executivos com passagens por administrações anteriores são vistas com desconfiança e alvo de pressão política direta.










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