
Os videojogos com conteúdo mais violento estão novamente na mira dos políticos, desta vez no México. A Câmara dos Deputados do país aprovou um pacote financeiro que inclui um novo imposto de 8% sobre os títulos considerados para um público mais maduro, numa medida que está a gerar debate.
O que prevê a nova taxa?
A proposta fiscal visa especificamente os jogos com classificação C e D, o sistema de classificação etária mexicano semelhante ao PEGI na Europa. A classificação C destina-se a maiores de 18 anos, permitindo violência extrema e conteúdo sexual moderado, enquanto a classificação D é exclusiva para adultos, abrangendo cenas prolongadas com o mesmo tipo de conteúdo.
Se for definitivamente aprovada, a nova taxa de 8% será aplicada não só a cópias físicas e digitais dos jogos abrangidos, mas também a todas as compras realizadas dentro dos mesmos, como as populares microtransações.
Uma justificação que levanta sobrancelhas
Para fundamentar a medida, o Tesouro mexicano afirmou que "estudos recentes encontraram uma relação entre o uso de videojogos violentos e níveis mais elevados de agressão entre os adolescentes", bem como efeitos negativos como o isolamento e a ansiedade. No entanto, a justificação apoia-se num estudo datado de 2012.
Curiosamente, o mesmo relatório citado também observava associações positivas com os videojogos, incluindo a melhoria da aprendizagem motora e o desenvolvimento da resiliência, um pormenor que adiciona uma camada de complexidade ao argumento do governo.
Próximos passos no processo legislativo
A proposta, que foi introduzida pela primeira vez em setembro, já recebeu luz verde da Câmara dos Deputados. Conforme avança o Insider Gaming, a decisão final está agora nas mãos da outra câmara do congresso, o Senado. A câmara alta terá de debater a proposta antes da data limite de 15 de novembro para a submissão do orçamento do estado.











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