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Um novo relatório acusa diretamente os algoritmos do YouTube e do TikTok de terem amplificado a desinformação durante as trágicas cheias de 2024 em Espanha. Segundo o estudo da organização espanhola de verificação de factos Maldita e da agência de investigação digital AI Forensics, o conteúdo falso sobre a catástrofe acumulou mais de 21 milhões de visualizações nas duas plataformas, apenas no primeiro mês após o desastre.

O relatório sublinha que esta onda de desinformação não só "causou pânico e criou desafios para as equipas de emergência", como também "minou ou mesmo negou explicitamente" o papel das alterações climáticas na inundação.

Desinformação como modelo de negócio

Os autores do relatório argumentam que a desinformação "é um bom negócio para plataformas que lucram com o envolvimento do utilizador". O estudo conclui que os algoritmos de recomendação de ambas as plataformas são projetados para "maximizar o envolvimento" e, por consequência, acabam por amplificar conteúdos que provocam reações fortes, mesmo que sejam falsos.

Esta amplificação algorítmica deu mais visibilidade ao conteúdo desinformativo do que às informações factuais e verificadas, contribuindo para o caos informativo durante a crise.

YouTube: Amplificação algorítmica e falhas na moderação

No YouTube, o conteúdo falso sobre as cheias acumulou 13 milhões de visualizações. A análise estatística revelou que estes vídeos tiveram uma probabilidade 48% superior de receber "gostos" e 123% superior de receber comentários, em comparação com conteúdos informativos e precisos. Em média, os vídeos com desinformação receberam quatro vezes mais visualizações do que um vídeo médio na plataforma.

O relatório critica ainda o YouTube por não ter uma política específica para lidar com a desinformação climática. Prova disso é que menos de um em cada quatro vídeos identificados com conteúdo falso sobre as cheias recebeu qualquer rótulo de advertência da plataforma.

TikTok: Partilhas virais e políticas ignoradas

O cenário no TikTok não foi melhor. O conteúdo desinformativo foi visto mais de 8,3 milhões de vezes no mês seguinte à tragédia e teve 85% mais hipóteses de ser partilhado pelos utilizadores.

O mais grave, segundo o relatório, é que o TikTok possui políticas que proíbem "desinformação que negue a existência da mudança climática, deturpe as suas causas ou contradiga o seu impacto ambiental estabelecido". No entanto, os investigadores descobriram que a plataforma falhou em rotular o conteúdo que violava as suas próprias regras.

O rasto da tragédia

A "gota fria" (DANA) que atingiu Espanha a 29 de outubro de 2024 causou chuvas de intensidade histórica, provocando 229 mortos na Comunidade Valenciana, sete em Castela La Mancha e um na Andaluzia. O governo de Valência estima prejuízos de pelo menos 17,8 mil milhões de euros, afetando diretamente 306 mil pessoas e mais de 64 mil empresas.




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