Segundo um estudo apresentado pelo Universidade Católica e revelado pela Rádio Renascença, a taxa de pirataria em Portugal encontra-se nos 40%, perto da média da União Europeia.
De acordo com os dados revelados pela Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica de Lisboa, esta taxa representa uma perda de quase 193 milhões de euros no mercado nacional, anualmente.
O estudo revela ainda que, com apenas uma redução de 10% na taxa em quatro anos, a receita fiscal aumentaria 320 milhões de euros, o PIB subiria mais mil milhões de euros e seriam criados 4200 novos postos de trabalho.
O coordenador deste estudo, Ricardo Ferreira Reis, revelou à rádio que "é inegável que estejamos numa situação económica pior do que a Itália e temos uma taxa de pirataria incomparavelmente mais baixa. Eles estão com 48% e nós com 40%. Mas temos um longo caminho à frente".
Para a coordenadora, a diminuição da pirataria só é possível reunindo diversos factores: "Passa pela Educação - a relação forte entre bons resultados académicos e baixas taxas de pirataria - o factor de desenvolvimento de rendimento; o de abertura tecnologia; e a Justiça. Juntando estes 4 aspectos o mais provável é que a taxa de pirataria venha a diminuir".
Por sua vez, Luis Sousa, presidente da Assoft – Associação de Empresas de Software – revelou à rádio que “a luta contra a pirataria é uma maneira de estimular a economia, ou seja, deve ser encarada como uma das formas de combater a crise e o desemprego. Este estudo dá-nos muitas pistas para encontrarmos formas de actuação conjuntas”.
Também João Prieto, presidente do Conselho de Administração da Priberam, afirma que “este estudo é de grande relevância e oportunidade, em particular no contexto económico que vivemos em Portugal, no qual a inovação e a exportação são fundamentais. Para inovar é preciso investir continuamente e para que isso seja possível tem de existir retorno".