
O ano de 2025 foi marcado por diversas flutuações no mundo tecnológico, desde inovações em dispositivos móveis até interrupções críticas que deixaram milhões de utilizadores offline. Num balanço detalhado, o Downdetector — plataforma de referência na monitorização de falhas em tempo real — revelou quais foram os maiores "tombos" sofridos pelos serviços digitais ao longo do ano, num relatório agora divulgado pela Ookla.
Gigantes tecnológicos em queda: O caso da AWS e da PlayStation Network
A nível global, o título de maior interrupção do ano pertence à Amazon Web Services (AWS). No passado dia 20 de outubro, uma falha massiva nesta infraestrutura resultou em cerca de 17 milhões de relatos de problemas enviados para o Downdetector. Este valor coloca a AWS muito à frente de outros incidentes graves, como a instabilidade na PlayStation Network, que somou 3,9 milhões de queixas.
Um detalhe curioso prende-se com a gestão do tempo e a percepção dos utilizadores. Embora a falha na Cloudflare, ocorrida em novembro, tenha gerado um volume menor de reclamações, a sua resolução foi rápida, demorando apenas cinco horas. Em contraste, os serviços da AWS estiveram instáveis durante 15 horas, enquanto a rede da PlayStation bateu o recorde de duração, permanecendo inacessível por mais de 24 horas consecutivas, testando a paciência de jogadores em todo o mundo.
Balanço regional e a instabilidade nas plataformas sociais
Ao olharmos para mercados específicos, como a América Latina, os protagonistas das falhas alteram-se ligeiramente. O YouTube liderou o ranking de interrupções nesta região, com 183 mil relatos de problemas, seguido de perto pela infraestrutura da AWS (164 mil) e pela Cloudflare (101 mil). Estes números demonstram como a dependência de serviços na nuvem pode paralisar a experiência de navegação em vastas áreas geográficas.
A lista de "incidentes" de 2025 não termina aqui. O relatório recorda ainda momentos de tensão para os utilizadores do WhatsApp em fevereiro e as dificuldades de acesso ao X (antigo Twitter) que se fizeram sentir em março. Até o sector bancário foi afectado, com instituições como o Banco Itaú a registarem quebras significativas nos seus serviços online durante o mês de junho, sublinhando que nem mesmo as plataformas financeiras estão imunes a problemas técnicos na internet.