Durante o dia de ontem, a Meta realizou o seu grande evento do ano, o Meta Connect 2024. Durante o evento, foram reveladas algumas das novidades da empresa para os próximos tempos, focadas sobretudo a nível da realidade virtual.
E algo que ficou claro é que a Meta encontra-se a dar uma forte facada nas vendas da Apple, sobretudo a nível do seu Vision Pro e até dos planos futuros da empresa. Isto aplica-se também a nível da inovação de cada uma das empresas.
Enquanto a Meta encontra-se a explorar novas formas de aplicar as suas tecnologias em novos produtos, a Apple parece estar apenas a guiar-se pelo que já existe, sem trazer grandes inovações. O evento da Apple, onde foi revelado o iPhone 16, foi aclamado por ter poucas novidades – até mesmo a entrada da Apple na IA foi fraca, sendo que nada concreto foi apresentado para já e espera-se que chegue apenas “mais tarde”.
Um dos exemplos mais claros disso encontra-se nos AirPods Max, que a empresa revelou durante o seu evento, mas que nada mais são do que uma nova versão em cores diferentes do que já existia no mercado. A Apple Intelligence era vista como uma salvaguarda para as novidades, mas nem mesmo esta foi tecnicamente apresentada, sendo que ainda não se encontra pronta para o “grande lançamento”.
Do outro lado temos o evento da Meta, onde Zuckerberg aproveitou o mesmo para apresentar todas as novidades e apostas da Meta para o próximos tempos. Temos o exemplo da chegada do Quest 3S como um dispositivo de Realidade virtual mais barato, e que chega com algumas novidades certamente interessantes.
Foi ainda apresentada uma variante mais barata do Quest 3, que irá encontrar-se disponível por 500 dólares, e que vai competir seriamente com o bem mais caro Apple Vision Pro.
O evento foi ainda palco da revelação dos novos Meta Ray-Ban, uns óculos inteligentes que podem analisar o ambiente em redor dos utilizadores, e permite a gravação das atividades em primeira mão.
Foi ainda apresentado os primeiros planos do Project Orion, uma ideia da Meta para criar óculos inteligentes que podem apresentar conteúdos holográficos no ambiente onde o utilizador esteja. Estes contam ainda com reconhecimento da voz e de gestos.
E claro, todas as apostas da Meta surgiram também em destaque, com um novo chatbot capaz de replicar a voz de vários famosos e melhorias a nível da criação de conteúdos, com a capacidade de se usar um avatar virtual para conversas em tempo real.
No final, embora a Apple tenha certamente inovado com o Vision Pro, a empresa não foi capaz de aproveitar o mercado onde se encontrava a entrar. Em contrapartida, a Meta fez isso de forma bastante mais eficaz, com novos produtos que se adaptam a cada utilizador, e a cada carteira.
A única vantagem que a Apple possui ainda é o facto dos seus produtos integrarem-se bem melhor dentro do seu ecossistema. No entanto, isso não será certamente uma vantagem que a empresa tenha durante muito tempo ou como garantida, ainda mais quando existe uma grande parte dos utilizadores que pretendem apostar em algo que realmente inove, invés de algo que é apenas uma pequena melhoria face ao que já existia no mercado.
A visão da Meta para o futuro pode ainda não ser muito clara, e de longe se sabe se irá ser a certa, mas certamente que está a fazer mais para que tal aconteça do que a Apple.
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