A Polícia Judiciária (PJ), através da sua Diretoria do Centro e com o apoio de outras unidades a nível nacional, realizou uma operação que culminou no desmantelamento de uma célula criminosa com atividade transnacional. A investigação visava crimes de associação criminosa, branqueamento de capitais, falsidade informática, burla qualificada e falsificação de documentos.
A operação decorreu no Algarve e na área metropolitana de Lisboa, onde foram cumpridos um mandado de detenção e três mandados de busca domiciliária.
O esquema de fraude e branqueamento
A investigação apurou que a organização criminosa explorava o sistema bancário português para legitimar fundos de origem ilícita. O esquema passava pela criação de empresas fictícias, geridas por indivíduos que utilizavam identidades falsas.
Posteriormente, eram abertas contas bancárias em nome destas empresas e dos indivíduos com identidades falsificadas. Milhares de euros circulavam através de múltiplas contas bancárias em Portugal, sendo o destino final contas sediadas no estrangeiro, completando assim o ciclo de branqueamento. A componente de falsidade informática era crucial para a execução destas fraudes.
Resultados da operação policial
As buscas domiciliárias permitiram à PJ apreender diversos documentos relevantes para a investigação, bem como variado material de telecomunicações, que será agora analisado.
Durante a operação, foi detido um homem suspeito de envolvimento nos crimes investigados. Presente a primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.
A investigação continua sob a direção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Coimbra.
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