Num artigo oficial recente, a Microsoft afirmou que o Windows 11 apresenta um desempenho 2,3 vezes superior ao do Windows 10. Contudo, uma análise mais atenta aos dados de benchmark revela que esta impressionante superioridade foi alcançada através de uma metodologia, no mínimo, questionável, levantando dúvidas sobre a transparência da comparação.
A "batota" nos benchmarks? Como a Microsoft chegou a este número
O cerne da controvérsia reside na gritante diferença de hardware utilizado para testar os dois sistemas operativos. Para chegar ao resultado divulgado, a gigante tecnológica recorreu ao conhecido programa de testes Geekbench 6 Multi-Core.
O problema é que a comparação foi tudo menos justa. Enquanto o Windows 11 foi executado em computadores equipados com processadores Intel de 12ª e 13ª gerações, as máquinas que corriam o Windows 10 estavam limitadas a chips bem mais antigos, de 6ª, 8ª e 10ª gerações. Naturalmente, esta discrepância nas configurações favorece de forma esmagadora o sistema operativo mais recente, tornando a alegação de desempenho uma conclusão óbvia e, de certa forma, manipulada. Esta abordagem gera desconfiança e pode desapontar os utilizadores que consideravam a atualização.
Estratégia agressiva para a atualização está a resultar
Esta não é a primeira vez que a Microsoft adota uma postura mais insistente para incentivar a migração para o Windows 11. Muitos utilizadores têm relatado sentir-se pressionados pela empresa, com janelas de atualização que ocupam todo o ecrã a surgirem de forma recorrente.
Apesar de controversa, a estratégia parece estar a dar frutos. De acordo com dados da StatCounter, a taxa de adoção do Windows 11 cresceu de 36,65% em janeiro de 2025 para 47,98% em junho do mesmo ano. Este crescimento coloca a versão mais recente do sistema a uma distância mínima do seu antecessor, com o Windows 10 a deter atualmente 48,76% do mercado.
O fim da linha para o Windows 10 aproxima-se
É crucial recordar que o suporte oficial para o Windows 10 terminará em outubro de 2025. A partir dessa data, o sistema deixará de receber atualizações de segurança e correções. Assim, para os utilizadores que ainda não fizeram a transição, a migração para o Windows 11 torna-se praticamente inevitável para garantir a segurança e o bom funcionamento da sua máquina.
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