Chegou o dia que muitos temiam. Hoje, 14 de outubro de 2025, marca o fim do suporte gratuito para o Windows 10 22H2, a última versão do popular sistema operativo da Microsoft. Para milhões de utilizadores, isto significa o fim das atualizações de segurança, deixando os seus computadores vulneráveis a ataques. A Microsoft tem uma solução, mas não é para todas as carteiras, abrindo portas a alternativas como a da 0patch, que promete manter os PCs seguros por mais tempo e a um custo inferior.
O ultimato da Microsoft: atualizar ou pagar
Para os utilizadores domésticos (Home, Professional, Pro Education ou Workstations), a Microsoft fez uma concessão de última hora, oferecendo um ano de atualizações de segurança alargadas (ESU) sem custos. No entanto, para o sector empresarial, a história é outra. As empresas que queiram manter os seus computadores com Windows 10 seguros terão de aderir ao programa ESU, com um custo de 61 dólares (cerca de 58 euros) por computador no primeiro ano. O preço duplica no segundo ano e novamente no terceiro, o que representa um custo total de 427 dólares (aproximadamente 406 euros) por máquina ao longo de três anos.
Esta política coloca uma enorme pressão sobre as empresas, especialmente considerando que se estima que cerca de 240 milhões de computadores em todo o mundo não cumprem os rigorosos requisitos de hardware para atualizar para o Windows 11. O resultado poderá ser um aumento significativo de computadores desprotegidos ou um problema ambiental massivo, com milhões de máquinas a acabarem em aterros.
0patch: Uma nova vida para o Windows 10
Perante este cenário, a empresa de segurança 0patch anunciou que vai "adotar" o Windows 10 22H2, passando a fornecer as suas próprias atualizações de segurança para o sistema. Esta não é a primeira vez que a empresa o faz, tendo já garantido a segurança de outras versões do Windows, como o Windows 7, desde 2020.
A abordagem da 0patch, no entanto, é radicalmente diferente da da Microsoft. Em vez de grandes atualizações mensais, a empresa utiliza "micropatches", pequenas correções de código com apenas algumas instruções que são aplicadas diretamente na memória dos processos em execução. Isto significa que não é necessário reiniciar o computador nem sequer as aplicações para que a proteção seja ativada.
As principais diferenças em relação ao ESU da Microsoft incluem:
Aplicação instantânea: Os patches podem ser aplicados e removidos sem interrupções, permitindo uma resposta mais rápida a novas ameaças.
Correções individuais: Cada patch foca-se numa única vulnerabilidade, facilitando a identificação de problemas caso surja alguma incompatibilidade.
Cobertura alargada: A 0patch garante que corrige vulnerabilidades que a Microsoft por vezes demora a resolver, ou nem sequer resolve, como as falhas de "autenticação coagida" (coerced authentication) que são um problema sério para redes empresariais. Além disso, a empresa fornece patches para vulnerabilidades "0day" e para software de terceiros, como Java, Adobe Reader, 7-Zip e WinRAR.
Preço e duração: a grande vantagem
Enquanto a Microsoft oferece três anos de suporte pago com preços crescentes, a 0patch compromete-se a fornecer atualizações para o Windows 10 por, no mínimo, cinco anos. O custo é também um fator decisivo: os planos anuais variam entre 25 e 35 euros por computador, um valor fixo que não duplica a cada ano.
Para começar a receber estas atualizações, os utilizadores precisam de instalar o agente da 0patch e associá-lo a uma conta. A empresa disponibiliza mais informações sobre como proceder e convida os interessados a experimentar o serviço gratuitamente.
A empresa anunciou ainda que vai também passar a fornecer suporte para o Microsoft Office 2016 e 2019, cujas atualizações de segurança oficiais também terminam hoje. A mesma licença da 0patch cobrirá tanto o Windows 10 como as aplicações do Office no mesmo computador, representando uma solução integrada para quem não pretende, ou não pode, atualizar o seu software.
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