De acordo com um estudo realizado recentemente pela Center for Countering Digital Hate (CCDH), os algoritmos do Instagram podem ter incentivado recomendações para conteúdos de desinformação durante as piores fases da pandemia.
O resultado surge depois de analisado como a plataforma social esteve a sugerir novos conteúdos aos utilizadores durante os piores meses da pandemia nos EUA. De acordo com os resultados, citados pelo portal The Guardian, a plataforma esteve em várias situações inclinada para sugerir conteúdos de desinformação ou enganadores sobre a pandemia e as suas teorias.
Estes conteúdos eram muitas vezes promovidos sobre a aba de “Explorar” da plataforma e até em “Posts sugeridos” de outros utilizadores na timeline principal.
Estes conteúdos eram mais propícios de surgirem em utilizadores que seguiam outras contas que estariam a partilhar conteúdos de desinformação, mesmo que não fosse a ideia original dos próprios utilizadores para tal. Segundo o relatório da CCDH, contas de utilizadores que seguiam outras contas com ligações a conteúdos de desinformação estariam consideravelmente expostos a terem esses mesmos conteúdos promovidos em geral nas suas aplicações.
Na maioria dos casos, as recomendações para estes conteúdos estariam a ser sugeridas pelos próprios algoritmos e funcionalidades que o Instagram integrou no serviço. Imran Ahmed, responsável da CCDH, afirma que é consideravelmente perigoso, numa altura em que o mundo se encontrava a verificar uma pandemia devastadora, que o Instagram estivesse a sugerir conteúdos enganadores para os seus utilizadores.
Em resposta a estas acusações, o Facebook afirma que o estudo foi realizado tendo como base dados antigos e desatualizados, não englobando muitas das alterações que foram feitas na plataforma ao longo dos meses e que foram fortemente aplicadas durante a pandemia.
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