O Windows 11 encontra-se hoje a receber uma nova atualização cumulativa, que marca a primeira atualização que é fornecida para a nova versão do sistema operativo. Esta atualização foca-se em corrigir alguns problemas de segurança e bugs que foram identificados no sistema.
No entanto, para surpresa de muitos, esta atualização encontra-se a ser fornecida para todos os sistemas, incluindo aqueles que, supostamente, não estão dentro dos requisitos do Windows 11.
Desde que a nova versão do Windows foi lançada oficialmente, começaram a surgir formas de contornar as limitações da Microsoft a nível do processador e chip de TPM 2.0. Isto permite que os utilizadores possam instalar o Windows 11 em sistemas que, de forma oficial, não seria permitido.
Mas este processo não surge livre de problemas. Um dos primeiros alertas da Microsoft relativamente a este procedimento em sistemas que se encontram fora dos requisitos parte exatamente para a possível falta de atualizações.
A Microsoft alerta que, em sistemas não compatíveis, o Windows 11 pode não receber atualizações. Isto confirma-se no próprio guia que a empresa recentemente disponibilizou para contornar os requisitos de instalação.
No entanto, muitos utilizadores encontram-se agora a receber a primeira atualização do Windows 11 pelo Windows Update. Isso quer dizer que vão receber atualizações afinal de contas? É um pouco mais complicado do que isso.
> Atualizações cumulativas VS atualizações de funcionalidade
A Microsoft fornece dois géneros de atualizações principais para o seu sistema operativo - as atualizações cumulativas e as atualizações de funcionalidade. Estas são distintas entre si, embora sejam ambas fornecidas pelo Windows Update.
As atualizações cumulativas são todas as atualizações consideradas de segurança ou correção de bugs. Estas focam-se em corrigir problemas com as versões existentes do Windows, e são normalmente fornecidas como sendo “patchs”.
Estas atualizações são fornecidas durante todo o período de suporte que uma determinada versão do Windows possui.
O segundo género de atualizações são as de funcionalidade. Estas são consideradas as “grandes” atualizações do sistema, onde são feitas mudanças por vezes drásticas no sistema operativo, com novas funcionalidades, melhorias e outras alterações que não se encontram em versões anteriores.
Por exemplo, a mudança do Windows 10 21H1 para a 21H2 é considerada uma atualização de funcionalidade. Alias, o próprio upgrade para o Windows 11 deve ser considerado uma atualização de funcionalidade, visto que, basicamente, trata-se de uma mudança drástica.
Existem outros géneros de atualizações, mas para o interesse deste artigo, apenas nos iremos focar nestas duas.
> As atualizações no Windows 11 em sistemas não suportados
Como vimos anteriormente, a Microsoft alerta que ao instalar-se o Windows 11 em sistemas não suportados a nível do hardware, o mesmo pode deixar “de receber atualizações no futuro”.
Isto é algo que a própria empresa confirma. No entanto, se assim é, porque estão a ser fornecidas atualizações agora?
O problema encontra-se no facto que a Microsoft foi muito vaga quando indicou que o sistema não iria receber atualizações. Quando a empresa refere isto não quer dizer que seja propriamente atualizações cumulativas.
As atualizações cumulativas são, normalmente, as mais regulares de se instalar, e também as que possuem menos risco de problemas para os utilizadores, visto serem apenas para corrigir falhas de segurança e bugs.
É nas atualizações de funcionalidade que os problemas podem surgir, devido às grandes mudanças que por vezes são feitas. É neste género de atualizações que muitas vezes ocorrem erros e falhas graves no sistema para os utilizadores.
Partindo da ideia que a Microsoft não pretende fornecer suporte para sistemas que, tecnicamente, não estão dentro dos requisitos do Windows 11, faz sentido que a empresa não forneça as atualizações. No entanto, isso aplica-se muito possivelmente às atualizações de funcionalidade, não às cumulativas, já que é nessas que os problemas devem ocorrer.
> Então vou ou não receber atualizações num sistema “incompatível”?
Do que se sabe até ao momento, tudo aponta que a Microsoft venha a fornecer atualizações cumulativas nestes sistemas. No entanto, existe uma elevada possibilidade que as atualizações de funcionalidade não sejam fornecidas.
Ou seja, o utilizador poderá permanecer com o sistema na versão que instalou, e não irá receber atualizações para as versões mais recentes no futuro - mas irá continuar a receber atualizações cumulativas durante o período de tempo que a sua versão for suportada.
De notar que isto será o que se conhece até ao momento, tendo em conta que a Microsoft ainda não clarificou exatamente este ponto na sua documentação - e existe a possibilidade que as coisas se venham a alterar no futuro.
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