
A China revelou o seu novo plano quinquenal, uma proposta política abrangente que define as diretrizes para a liderança do Partido Comunista Chinês no próximo mandato. A mensagem é clara e direta: o gigante asiático está a acelerar a sua aposta na autossuficiência tecnológica para se tornar menos vulnerável a pressões externas, avança a Bloomberg. A divulgação do plano surge num momento estratégico, antecipando uma cimeira entre o Presidente Donald Trump e o Presidente Xi Jinping na Coreia do Sul.
O fim da dependência como resposta a Washington
O foco principal da proposta é tornar as indústrias de tecnologia e ciência da China independentes, reduzindo a necessidade de produtos criados por empresas internacionais. Esta estratégia parece ser uma resposta direta às crescentes tensões com os Estados Unidos. O plano visa "reforçar o consumo doméstico", diminuindo a dependência das exportações, um setor que tem sido abalado pelo regime flutuante de tarifas imposto pela administração Trump.
Segundo a AP, este novo plano quinquenal baseia-se em grande parte no anterior, que já se concentrava no investimento em tecnologia como parte da recuperação económica do país após a pandemia de COVID-19. A nova proposta procura solidificar essa trajetória, tornando a China menos sobrecarregada pelas políticas norte-americanas no futuro.
Semicondutores, IA e energia verde como pilares
A proposta demonstra um interesse particular no desenvolvimento de "campos como os semicondutores e a inteligência artificial", áreas atualmente impulsionadas por produtos de empresas norte-americanas como a Nvidia e a OpenAI.
Além da aposta em hardware e software, o plano visa continuar o crescimento das indústrias de energia eólica e solar da China, procurando "acelerar a transformação verde total do desenvolvimento económico e social". Esta abordagem multifacetada sinaliza a ambição chinesa de liderar não só na tecnologia digital, mas também nas soluções energéticas sustentáveis.











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