
A Meta anunciou esta sexta-feira um investimento colossal de 600 mil milhões de dólares em infraestruturas e postos de trabalho nos EUA, a ser implementado até 2028. Embora o anúncio oficial seja vago nos detalhes, o foco principal parece claro: centros de dados para potenciar a próxima geração de produtos de Inteligência Artificial da empresa e construir o que esta chama de "superinteligência pessoal para todos".
Um número "combinado" com Trump?
Se este valor de 600 mil milhões lhe soa familiar, tem razão. Não é a primeira vez que Mark Zuckerberg o menciona. O número já tinha sido avançado num jantar na Casa Branca em setembro, que reuniu vários CEOs de topo da área tecnológica.
No entanto, o momento mais memorável dessa noite foi captado por um microfone aberto, num diálogo embaraçoso entre Zuckerberg e o Presidente Trump. "Desculpe, eu não estava preparado", disse o CEO da Meta ao presidente. "Não tinha a certeza de que número é que queria que eu avançasse."
A justificação oficial da Meta
No seu comunicado oficial, a Meta tenta justificar o investimento, sublinhando que "os centros de dados são cruciais para atingir estes objetivos e ajudar a América a manter a sua vantagem tecnológica".
A empresa aproveitou para reforçar o seu impacto na economia norte-americana, afirmando que, desde 2010, os seus centros de dados já "apoiaram mais de 30.000 empregos qualificados no sector do comércio e 5.000 empregos operacionais". A Meta acrescenta ainda que está atualmente a movimentar mais de 20 mil milhões de dólares para subcontratados nos EUA.
O futuro é a "superinteligência"
A menção à "superinteligência" também não é nova. Zuckerberg já tinha usado o termo em julho, ao anunciar outros investimentos em centros de dados. Este conceito refere-se ao ponto hipotético em que a IA ultrapassa as capacidades cognitivas humanas – algo que figuras como Steve Wozniak e Geoffrey Hinton já pediram para ser banido até que se prove ser seguro e controlável.
Para a Meta, os seus óculos de IA são uma peça central deste futuro. Em julho, Zuckerberg chegou a afirmar que qualquer pessoa que não os use poderá, eventualmente, sofrer de uma "desvantagem cognitiva bastante significativa".










Nenhum comentário
Seja o primeiro!