A Meta confirmou ter terminado as operações de uma grande campanha de spyware, que estaria a propagar-se usando o WhatsApp. Esta campanha terá afetado cerca de 90 pessoas, a maioria jornalistas e ativistas.
A campanha estaria ligada com o grupo Paragon, sediado em Israel e conhecido por produzir spyware. Esta entidade foi adquirida em Dezembro do ano passado pelo grupo AE Industrial. De acordo com o WhatsApp, a campanha usava a plataforma para tentar infetar os dispositivos das vítimas, e desta forma, realizar a recolha massiva de dados e de informações potencialmente sensíveis.
O WhatsApp afirma ter entrado em contacto direto com todas as pessoas afetadas pela campanha. Ao mesmo tempo, a plataforma deixou ainda a nota de que as empresas criadoras deste formato de spyware devem ser responsabilizadas pelos serviços que fornecem.
A plataforma da Meta afirma que a campanha usou ficheiros PDF maliciosamente modificados para comprometer os dispositivos das vítimas. Ao mesmo tempo, a Meta afirma ter lançado correções para a sua plataforma para prevenir que esta campanha tenha sucesso no futuro.
A empresa acredita que a campanha maliciosa terá começado em Dezembro, e na altura, a empresa enviou mesmo uma carta direta para a Paragon, alertando da situação e sobre os possíveis efeitos legais. Esta é a primeira vez que as atividades da Paragon são diretamente associadas com campanhas tendo como alvo jornalistas e ativistas, usando o spyware criado pela entidade.
Embora a entidade tenha sido fundada em 2019, tem conseguido manter as suas atividades maliciosas de baixo perfil, e sem ligação direta ao seu nome. A campanha do WhatsApp agora descoberta será a primeira a surgir com uma relação direta e confirmada.
De momento ainda se desconhece quais seriam os objetivos desta campanha de espionagem, bem como os potenciais alvos da mesma.
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