
Numa reviravolta que traz um balão de oxigénio para gigantes tecnológicas como a Apple — e para a carteira dos consumidores —, a administração Trump anunciou hoje um abrandamento significativo na guerra comercial com a China. As tarifas punitivas sobre produtos importados do país asiático, que ameaçavam encarecer produtos como o iPhone, foram reduzidas para metade.
A decisão surge após um encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping. A taxa adicional de 20%, que estava a ser aplicada sobre uma vasta gama de produtos tecnológicos, foi agora reduzida para 10%. Além disso, novas subidas que estavam agendadas para entrar em vigor já no próximo mês foram suspensas.
Um alívio de milhares de milhões para a Apple
Nos últimos meses, a escalada de tensão entre as duas maiores economias mundiais resultou numa série de aumentos e contra-aumentos de taxas alfandegárias que chegaram a superar os 100%. Para a Apple, que depende fortemente da produção na China, o impacto financeiro tem sido brutal, com custos adicionais estimados em milhares de milhões de dólares por ano.
Só no primeiro trimestre afetado, a empresa de Cupertino estimou perdas na ordem dos 900 milhões de dólares (cerca de 850 milhões de euros), admitindo que os custos futuros seriam ainda maiores. Embora a Apple tenha, até agora, absorvido estes encargos para não aumentar o preço final dos seus produtos, a situação era insustentável a longo prazo, e um aumento no preço dos iPhones parecia inevitável. Com esta redução, a pressão sobre a gigante tecnológica diminui consideravelmente.
Trégua de um ano e o futuro da tecnologia
O acordo estabelecido entre os dois líderes não se fica pela redução das taxas. Segundo a informação detalhada pelo 9to5Mac, foi estabelecida uma trégua de um ano, que estende uma pausa anteriormente acordada e que estava prestes a expirar a 10 de novembro.
Adicionalmente, a China terá concordado em suspender as medidas que ameaçavam afetar o fornecimento de metais de terras raras aos fabricantes norte-americanos, um componente crucial para a indústria de semicondutores. Embora o governo chinês tenha sido mais contido no seu comunicado, confirmou que foi alcançado um consenso e que o "trabalho de acompanhamento" continuará. Para os consumidores, esta notícia significa que, pelo menos durante o próximo ano, a ameaça de uma subida acentuada nos preços de produtos eletrónicos devido a esta disputa comercial foi, para já, afastada.











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