O Facebook não possui o melhor histórico no que respeita à recolha de dados dos utilizadores e à privacidade dos conteúdos. Apesar de a rede social ter vindo a tentar melhorar neste aspeto, ainda assim as falhas de privacidade continuam a surgir.
Numa recente análise ao código da aplicação do Facebook para Android foi descoberto que a aplicação encontra-se a realizar uma analise exaustiva dos dispositivos onde se encontre instalada para recolher as bibliotecas sem motivo do sistema.
De acordo com a descoberta da programadora Jane Manchun Wong, a aplicação do Facebook realiza de forma regular uma análise pelo Android de forma a recolher todas as bibliotecas do sistema, enviando em seguida as mesmas para os servidores do Facebook.
Esta recolha é conhecida no código da aplicação como "Global Library Collector", e parece ser uma atividade realizada pela aplicação do Facebook em segundo plano, fora dos olhos dos utilizadores e sem que estes tenham conhecimento.
Estas bibliotecas não possuem dados pessoais dos utilizadores, mas ainda assim será desconhecido o motivo pelo qual a rede social recolhe esta informação. A maioria destas bibliotecas servem para implementar funcionalidades dentro do sistema e em apps instaladas no mesmo – por exemplo, podem servir para recolha de dados importantes para a analise de bloqueios e erros em apps. No entanto, não possuem nenhuma informação pessoal dos utilizadores, visto serem algo diretamente do sistema operativo.
Em todo o caso, é uma atividade estranha de ser realizada por parte do Facebook, ainda mais sem a explicação exata do motivo pelo qual está a ser recolhida a informação. Além disso, não existe forma de o utilizador parar esta recolha – que é feita em segundo plano, possivelmente ocupando recursos importantes dos dispositivos.
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