Um em cada cinco telemóveis adquiridos em todo o mundo é ilegal ou não licenciado. Os dados foram hoje divulgados pela Nokia, que aponta a China como uma das regiões do globo com maior incidência de equipamentos "não oficiais", embora admita que o problema é de dimensão global.
"Este é um problema com origem principalmente na China, mas é global. Não está apenas na Ásia, mas também na América Latina e mesmo em algumas partes da Europa", admitiu Esko Aho, administrador da Nokia.
A situação, sublinha a empresa, tem um impacto importante no desempenho dos fabricantes, sobretudo nestes mercados emergentes, como relata a Reuters.
Segundo previsões do Gartner Group, as marcas brancas - uma das componentes do problema identificado pela Nokia - terão já, a nível global, um peso superior a 20 por cento no mercado dos telemóveis, um número que, no entanto, não é consensual entre analistas.
A concorrência à líder Nokia tem subido de tom, com o sucesso crescente de plataformas como o iPhone, ou de fabricantes como a coreana Samsung, que tem consolidado posição entre os maiores fabricantes mundiais de telemóveis, ao longo dos últimos anos.
A esta concorrência junta-se, como reconhece agora a Nokia, o peso crescente de marcas brancas ou equipamentos ilegais, sobretudo nos mercados com melhores condições para assegurar taxas de crescimento, como são os mercados emergentes.
A Nokia ainda não apresentou os resultados do quarto trimestre de 2010, mas as estimativas dos analistas indicam que a empresa terá vendido 130 milhões de telemóveis no período, o que representaria um crescimento de apenas 2 por cento face às vendas conseguidas no mesmo período do ano passado.
Ainda longe da liderança do mercado mas em crescimento acelerado estão concorrentes como a Apple que esta semana apresentou resultados, revelando que vendeu nos últimos três meses de 2010 16,2 milhões de telefones móveis. Os números significam que as vendas do iPhone cresceram, entre trimestres, 86 por cento.
Sapo TEK
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