A Google encontra-se a alertar para os possíveis efeitos que um caso nos tribunais da Austrália poderá ter para a Internet em geral, e em como as medidas que o tribunal pretende aplicar podem vir a ajudar na censura dos resultados de pesquisa.
De acordo com o portal The Guardian, o caso encontra-se relacionado com o advogado George Defteros, que terá processador a Google por esta ter recusado remover dos resultados de pesquisa um artigo de 2004 onde o mesmo era difamado.
O artigo apresenta vários pontos relativamente aos casos anteriores de George Defteros, sendo que em 2016 o advogado terá contactado a Google para remover dos resultados de pesquisa os links para o referido artigo. No entanto, a Google terá negado remover estes conteúdos alegando que a fonte dos mesmos, o site The Age, seria uma fonte fiável de informação.
O artigo acabaria por ser removido do site em 2016, mas o caso terá avançado para os tribunais em 2020, com Defteros a exigir o pagamento de 40.000 dólares pelo caso de difamação – e onde a Google estaria igualmente envolvida.
O motor de pesquisa terá tentar apelar da decisão, mas sem resultados positivos.
Para a Google, um link como o que surge nos resultados de pesquisa não é, por si só, um meio de comunicar ou de informação para a empresa sobre as visões do que é partilhado dentro desse mesmo link. A empresa alega ainda que apenas os websites associados à partilha desses conteúdos devem ser tidos em conta nesta situação.
No entanto, o tribunal responsável pelo caso não parece ir de encontro com estas declarações. A confirmar-se esta decisão, a Google considera que a medida pode abrir portas para que sejam aplicados mais casos de censura nos resultados de pesquisa para o futuro, sobre conteúdos que podem nem se encontrar relacionados diretamente com as empresas em questão.
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