A Nothing, conhecida pelos seus equipamentos com um design distinto e arrojado, pode estar a planear uma importante alteração na sua estratégia de mercado. A marca londrina estará a preparar o lançamento de novas linhas de smartphones, possivelmente designadas por ‘T’ ou ‘Lite’, num futuro próximo.
Este novo rumor surge através do leaker Yogesh Brar, numa publicação na sua conta do X. A alegada nova direção da empresa de Carl Pei parece ter como objetivo alcançar um leque mais vasto de consumidores, através do lançamento de modelos mais acessíveis. Historicamente, as séries ‘T’ e ‘Lite’ são associadas a dispositivos com um preço mais competitivo no mercado.
Uma resposta às críticas do Phone (3)?
Esta aparente mudança de estratégia poderá ser uma consequência direta das críticas que a empresa recebeu aquando do lançamento do seu mais recente topo de gama, o Phone (3). O dispositivo chegou ao mercado norte-americano com um preço inicial de 799 dólares (cerca de 740 euros em conversão direta), um valor considerado elevado tendo em conta as especificações do aparelho e as próprias intenções iniciais da companhia de oferecer tecnologia a preços justos.
Caso o rumor se confirme, a Nothing poderá estar a alinhar-se com as principais tendências do mercado de smartphones, onde os dispositivos de gama média dominam claramente o volume de vendas. Este novo caminho não só poderia impulsionar as receitas da empresa, como também ajudá-la a solidificar e expandir a sua base de utilizadores.
Conflito com a submarca CMF by Nothing
Contudo, esta nova abordagem levanta uma questão pertinente. A Nothing já possui uma subsidiária, a CMF by Nothing, cujo foco principal são precisamente os dispositivos mais económicos. Com uma operação inicial centrada no mercado indiano, a CMF já lançou vários produtos de gama intermédia.
Uma investida da própria Nothing neste segmento poderia, à primeira vista, canibalizar as vendas da sua própria submarca, especialmente num cenário de expansão global da CMF. No entanto, esta coexistência de marcas não é inédita no setor. Gigantes como a Xiaomi gerem de forma harmoniosa as suas várias submarcas, como a Redmi e a POCO, segmentando eficazmente mercados, especificações e as expectativas dos consumidores para cada lançamento. Resta aguardar para ver se a Nothing seguirá um caminho semelhante.
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