
A tensão digital entre a China e os Estados Unidos atingiu um novo pico, com o Ministério da Segurança do Estado chinês a acusar publicamente a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA de levar a cabo uma vasta operação de ciberataque entre 2023 e 2024. A notícia, avançada pela Reuters, foi partilhada pela agência chinesa na rede social WeChat, detalhando uma intrusão a uma das suas mais críticas infraestruturas.
O alvo: o coração do tempo chinês
O alvo do ataque terá sido o Centro Nacional de Serviço Horário (National Time Service Center), uma instituição vital que faz parte da Academia Chinesa de Ciências. Este centro é responsável por gerar, manter e transmitir a hora padrão nacional da China, um serviço essencial para setores críticos como as comunicações, a defesa e o sistema financeiro. Uma falha neste sistema poderia ter repercussões em cascata por todo o país.
Um arsenal digital e espionagem móvel
Segundo a publicação, a operação utilizou cerca de 42 tipos de "armas especiais de ciberataque" para se infiltrar nos sistemas do centro. Uma intrusão bem-sucedida poderia ter levado à interrupção das redes de comunicação, dos sistemas financeiros e até do fornecimento de energia.
Para além do ataque direto ao centro, a agência chinesa alega que a NSA explorou uma vulnerabilidade no sistema de mensagens de uma marca estrangeira de telemóveis para roubar informação sensível dos dispositivos dos funcionários, embora não tenha especificado a marca em questão.
Silêncio de um lado, acusações do outro
Até ao momento, a NSA ainda não respondeu a estas acusações. Esta denúncia surge, no entanto, depois de o Departamento do Tesouro dos EUA ter afirmado, em dezembro, que foi alvo de um ciberataque por parte de um "ator patrocinado pelo estado chinês", num claro sinal de que a guerra fria digital entre as duas potências e as preocupações com a segurança estão longe de abrandar.











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