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Cometa

 

Um objeto misterioso, o terceiro visitante interestelar alguma vez detetado, está a atravessar o nosso sistema solar a uma velocidade incrível, e está a alimentar uma das teorias mais audaciosas da astronomia moderna. Avi Loeb, um conceituado astrónomo de Harvard, argumenta que o 3I/ATLAS, com as suas várias anomalias, poderá não ser um simples cometa, mas sim uma gigantesca nave-mãe alienígena com quilómetros de diâmetro.

 

Apesar de a comunidade científica consensualizar que se trata de um cometa composto maioritariamente por gelo de dióxido de carbono, Loeb mantém as suas suspeitas. No seu blogue, o cientista delineou nove "anomalias" que, segundo ele, apoiam a sua hipótese, admitindo, no entanto, que a explicação mais provável é a de ser um cometa de origem natural.

 

As nove anomalias que intrigam Avi Loeb

 

Avi Loeb compilou uma lista de características invulgares do 3I/ATLAS que o levam a questionar a sua origem natural:

 

  1. Trajetória Alinhada: A sua trajetória está a apenas cinco graus do plano da eclíptica, o caminho que a Terra percorre à volta do Sol. Loeb calcula que a probabilidade de isto acontecer é de apenas 0,2%.

  2. Visita a Planetas de Interesse: O percurso do objeto leva-o a passar perto de Marte e Júpiter, dois mundos que fascinam os cientistas na busca por vida extraterrestre. O objeto já foi fotografado por sondas da Agência Espacial Europeia em órbita de Marte e em março de 2026 passará a cerca de 53,6 milhões de quilómetros de Júpiter.

  3. Uma "Anticauda" Anómala: O 3I/ATLAS desenvolveu uma segunda cauda que aponta na direção do Sol. Embora este fenómeno, conhecido como "anticauda", seja uma ilusão de ótica noutros cometas, Loeb defende que, neste caso, a cauda é real e nunca antes vista em cometas do nosso sistema solar.

  4. Dimensões Gigantescas: Os cálculos de Loeb sugerem que o núcleo do objeto deve ter um diâmetro superior a 5 quilómetros e uma massa de mais de 33 mil milhões de toneladas. Isto torna-o ordens de magnitude mais massivo que os outros dois objetos interestelares observados, 'Oumuamua e 2I/Borisov, levantando a questão estatística: porque não detetámos muito mais objetos interestelares mais pequenos?

  5. Rácio de Níquel-Ferro Incomum: A sua pluma de gás apresenta uma abundância extrema de níquel e ferro, um mistério, dado que as temperaturas são demasiado baixas para vaporizar os materiais que contêm estes átomos. Loeb sugere que isto pode indicar a presença de "ligas de níquel produzidas industrialmente".

  6. Composição Rica em Dióxido de Carbono: A coma do objeto parece ter apenas 4% de água, sendo maioritariamente composta por dióxido de carbono, algo que o distingue. No entanto, outros cientistas argumentam que esta composição o torna semelhante a um cometa normal do nosso sistema solar.

  7. Polarização Extremamente Negativa: O objeto apresenta uma "polarização negativa extrema", um comportamento polarimétrico sem precedentes que o torna único entre cometas e asteroides conhecidos.

  8. Ligação ao "Sinal Wow!": Loeb aponta que a trajetória de chegada do 3I/ATLAS coincide, com uma margem de nove graus, com a direção do famoso e misterioso "Sinal Wow!" de 1977, um sinal de rádio de banda estreita que nunca foi explicado.

  9. Cor Azulada Surpreendente: Ao aproximar-se do seu ponto mais próximo do Sol, o objeto tornou-se "distintamente mais azul que o Sol". Este é um dado surpreendente, pois a poeira deveria avermelhar a luz solar e a sua superfície fria deveria emitir uma cor mais avermelhada. Loeb questiona: "Emprega uma fonte de energia mais quente que o Sol?".

 

A comunidade científica está cética: 'Parece um cometa'

 

Apesar das anomalias apontadas por Loeb, a maioria da comunidade científica mantém uma visão mais conservadora. Tom Statler, cientista principal da NASA para pequenos corpos do sistema solar, afirmou ao The Guardian no mês passado que há muitas evidências de que estamos simplesmente perante um cometa natural de outro sistema estelar.

 

"Parece um cometa. Faz coisas de cometa. Assemelha-se muito, em quase todos os aspetos, aos cometas que conhecemos", concluiu Statler.

Avi Loeb, por sua vez, insiste na necessidade de recolher o máximo de dados possível para desvendar a natureza do objeto. "A implicação de tecnologia alienígena seria enorme e, portanto, devemos levar esta possibilidade a sério", escreveu. "Se o 3I/ATLAS for tecnológico, os seus criadores dominam capacidades que vão muito para além das nossas tecnologias."




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