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Já saiu a sexta edição do estudo anual “Top 200 As palavras-passe mais comuns”, da NordPass, que revela as palavras-passe mais comuns em todo o mundo e em 44 países específicos. Este ano, a NordPass também comparou as palavras-passe que as pessoas utilizam para proteger as suas contas pessoais e profissionais.

 

E como tem vindo a acontecer de forma regular, os dados demonstram que ainda existe muito trabalho a ser feito para que a ideia de segurança comece a surgir junto dos utilizadores.

 

A lista das senhas mais usadas em Portugal continua a liderar com a “123456”, sendo acompanhada de perto por outras variantes similares, como 12345 e 123456789. Em seguida encontra-se a lista das 20 senhas mais usadas em Portugal:

  • 123456
  • 123456789
  • 12345
  • 12345678
  • qwerty123
  • qwerty1
  • Abcd1234
  • 1234567890
  • benfica
  • 1234567
  • sporting
  • portugal
  • familia
  • password
  • gabriel
  • qwerty
  • Portugal
  • deusefiel
  • 12345678910
  • Mariana

 

O seis é um número mágico, mas não no que se refere à investigação de palavras-passe. A NordPass, que fez parceria com a NordStellar para conduzir este estudo, concluiu que a lista deste ano volta a incluir as piores escolhas possíveis em termos de palavras-passe. No entanto, há tendências inéditas, que vale a pena explorar:

  • Quase metade das palavras-passe mais comuns em todo o mundo são constituídas pelas combinações mais fáceis de números e letras do teclado, como “qwerty,” “Abcd1234” e “123456789.” Portugal não é exceção, com estas escolhas no topo da lista.
  •  Apesar dos alertas contínuos dos especialistas, que instam os utilizadores da internet a criarem palavras-passe mais fortes, muitos parecem ainda não ter percebido a mensagem. Este ano, a popularidade de “qwerty” foi contestada pela opção igualmente fraca “qwerty123”, que se tornou a palavra-passe mais utilizada no Canadá, na Lituânia, nos Países Baixos, na Finlândia e na Noruega. Em Portugal, esta palavra-passe também deu um grande salto este ano, atingindo o top cinco.
  • O termo “password” já pode ser considerado uma das palavras-passe mais comuns e permanentes. Ano após ano, mantém-se no topo da lista de todos os países. Em Portugal, esta é a décima quarta palavra-passe mais utilizada. Para os Britânicos e Australianos, é a escolha número um.
  • A lista de palavras-passe revela uma mistura de sequências numéricas simples e referências pessoais, incluindo nomes comuns como "gabriel" e "mariana", juntamente com referências culturais como "benfica" e "sporting".

 

De acordo com o estudo da NordPass, 78% das palavras-passe mais comuns em todo o mundo podem ser decifradas em menos de um segundo. Em comparação com o ano passado (em que a estatística era de 70%), isto indica que a situação piorou.

 

As palavras-passe das empresas são igualmente más

 

Aprofundando um pouco mais o estudo, na edição deste ano do “Top 200 As palavras-passe mais comuns”, da NordPass, os investigadores averiguaram também a diferença entre as palavras-passe utilizadas para uso pessoal e profissional. Os resultados são surpreendentes: 40% das palavras-passe mais comuns utilizadas tanto por particulares como por representantes empresariais eram as mesmas.

 

No entanto, os especialistas também se aperceberam de algumas diferenças interessantes. Palavras-passe predefinidas como “novomembro”, “admin”, “novoutilizador”, “bem-vindo” e outras semelhantes eram mais frequentes em contas empresariais. As palavras-passe supostamente criadas para novos utilizadores com o objetivo de serem modificadas por eles, como “novasenha” ou “senhatemp”, também são fáceis de adivinhar, porque as pessoas não são muito dadas a alterá-las.

 

“Quer esteja no trabalho de fato e gravata ou a navegar nas redes sociais de pijama, continuo a ser a mesma pessoa. Isso significa que, seja qual for o ambiente à minha volta, as palavras-chave que escolho são influenciadas pelos mesmos critérios: a facilidade de memorização, as experiências pessoais ou o ambiente cultural. As empresas ignoram estas considerações e deixam a gestão das palavras-passe nas mãos dos funcionários, criando riscos tanto para a segurança online da empresa como para a dos clientes”, afirma Karolis Arbaciauskas, diretor de produtos comerciais da NordPass.

 

Perigos ocultos

 

De acordo com o inquérito realizado anteriormente pela NordPass, um único utilizador da internet tem, em média, 168 palavras-passe para uso pessoal e 87 para uso profissional. Embora seja uma carga demasiado difícil de gerir para a maioria das pessoas, os especialistas dizem que é natural que elas tenham a tendência para criar palavras-passe fracas e para as reutilizar.

 

No entanto, as palavras-passe fracas criadas pelos funcionários das empresas são uma grande ajuda para os hackers que, à custa da força bruta, do dicionário ou de ataques em grande escala, conseguem aceder com facilidade aos sistemas informáticos internos. Noutro cenário comum, os hackers invadem a empresa com as credenciais pessoais de um funcionário que utilizou as mesmas palavras-passe nas contas pessoais e profissionais.

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