A Interpol revelou ter realizado um volume recorde de intervenções relacionadas com fraudes informáticas. Durante este ano, a entidade realizou mais de 5500 detenções, tendo ainda apreendido mais de 380 milhões de euros obtidos por estas atividades.
Em comunicado, a entidade refere que estes valores foram obtidos na operação “HAECHI V”, que começou em Julho deste ano e terminou apenas em inícios de Novembro. Esta operação contou com a colaboração de mais de 40 países, que cooperaram na realização das atividades.
Esta operação teve como objetivo desmantelar várias atividades de fraude e esquemas informáticos, entre os quais phishing, burlas e chantagens, plataformas ilegais de vendas, entre outras. As autoridades revelaram que uma grande parte das operações teve como foco a Coreia do Sul e a China, onde terão sido desmantelados vários grupos que realizavam burlas via contactos telefónicos.
Nestas burlas, os criminosos faziam-se passar por autoridades, levando as potenciais vítimas a enviarem dinheiro que, alegadamente, seria do pagamento de multas. Foram ainda descobertos vários esquemas que usavam plataformas de criptomoedas, para levar as vítimas a depositarem fundos nas carteiras dos criminosos sobre os mais variados pretextos.
Valdecy Urquiza, secretário-geral da Interpol, indicou no comunicado da instituição que “Os efeitos da criminalidade através de meios cibernéticos podem ser devastadores: as pessoas perdem as poupanças de uma vida, as empresas ficam paralisadas e a confiança nos sistemas digitais e financeiros é abalada”.
Estas medidas foram o resultado de um longo processo de investigação e de cada vez mais aperto das autoridades contra as burlas e esquemas informáticos.
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