
Muitos proprietários de websites confiam nas soluções de segurança fornecidas pela sua empresa de alojamento ou em firewalls de aplicação web (WAF) populares como a da Cloudflare, assumindo que estão protegidos. No entanto, um novo estudo da Patchstack, uma empresa especializada em segurança para WordPress, revela uma realidade alarmante: estas defesas genéricas podem estar a deixar a porta aberta a ataques específicos.
A popularidade do WordPress como um alvo apetecível
O WordPress é o sistema de gestão de conteúdo mais utilizado no mundo, o que o torna um alvo principal para hackers. A sua flexibilidade assenta num vasto ecossistema de plugins e temas, mas cada um destes componentes representa um potencial vetor de ataque. Quando uma vulnerabilidade é descoberta, os atacantes agem em questão de horas para a explorar, não dando muito tempo de reação aos proprietários dos sites.
As defesas genéricas deixam a porta aberta
Para testar a eficácia das soluções de segurança comuns, a Patchstack criou vários sites "honeypot" (iscos para atacantes) idênticos, cada um com 11 vulnerabilidades conhecidas de plugins do WordPress. Os resultados foram claros: as defesas implementadas ao nível do alojamento e as firewalls genéricas falharam redondamente, permitindo que 87,8% dos exploits passassem sem qualquer bloqueio. Apenas 12,2% das ameaças foram intercetadas por estas medidas.
Cloudflare e outras soluções postas à prova
O estudo analisou cinco configurações de segurança distintas. Soluções como a WAF da Cloudflare conseguiram bloquear 4 das 11 vulnerabilidades, focando-se em ataques mais amplos como injeção de SQL ou cross-site scripting. No entanto, outras ferramentas de segurança incluídas nos pacotes de alojamento, como Monarx e Imunify, não conseguiram impedir nenhuma das explorações específicas do WordPress. As firewalls mais comuns em ambientes de alojamento partilhado, como a ConfigServer, também falharam em todos os testes.
A investigação conclui que, embora estas ferramentas sejam razoáveis contra vetores de ataque genéricos, não estão sintonizadas para identificar as falhas de segurança específicas e muitas vezes lógicas que afetam os plugins e temas do WordPress. Isto permite que ataques como escalonamento de privilégios ou bypass de autenticação passem despercebidos.
Segurança especializada faz a diferença
Em contraste, a solução da Patchstack, desenhada especificamente para o ecossistema WordPress, conseguiu bloquear 100% dos ataques. A sua abordagem baseia-se na aplicação de "patches virtuais", que são mitigações direcionadas e em tempo real para vulnerabilidades específicas assim que são divulgadas. Esta proteção é implementada antes mesmo que os programadores dos plugins consigam lançar uma atualização oficial, preenchendo uma lacuna crítica de segurança.
O estudo sublinha a importância de não confiar cegamente em defesas genéricas. Para uma plataforma tão visada como o WordPress, uma solução de segurança especializada pode ser a diferença entre um site protegido e uma porta aberta para espalhar malware perigoso ou sofrer uma falha grave.










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