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Sede da Microsoft

Um grupo de manifestantes invadiu a sede da Microsoft em Redmond na passada segunda-feira, conseguindo mesmo chegar ao escritório de Brad Smith, o presidente da empresa. A ação, levada a cabo pelo grupo “No Azure for Apartheid”, forçou um confinamento temporário do edifício e foi transmitida em direto na plataforma Twitch.

Durante a ocupação, os ativistas exibiram faixas e entoaram cânticos como “Brad Smith, não te podes esconder, estás a apoiar um genocídio!”. Além disso, afixaram uma notificação legal simulada na porta do escritório, acusando o presidente da Microsoft de “crimes contra a humanidade”.

A resposta da Microsoft

Horas após o início da ocupação, Brad Smith realizou uma conferência de imprensa improvisada no seu próprio escritório para abordar a situação. Segundo o presidente da Microsoft, citado pelo GeekWire, das sete pessoas envolvidas no protesto, apenas duas eram funcionários atuais da empresa, havendo também um ex-trabalhador da Google.

Smith revelou que, após a recusa dos manifestantes em abandonar o local, a polícia de Redmond teve de os remover fisicamente do edifício, resultando na detenção dos sete indivíduos por acusações que incluem invasão de propriedade e obstrução. O presidente da Microsoft considerou que estas ações “não são necessárias para que lhes prestemos atenção” e que este tipo de atividade “distrai do diálogo real” que a empresa mantém com os seus colaboradores.

Os contratos com Israel no centro da polémica

A principal motivação do grupo “No Azure for Apartheid”, que segundo o The Verge inclui trabalhadores e ex-funcionários demitidos por ativismo anterior, são os contratos da Microsoft com Israel. A polémica adensou-se após uma investigação recente do The Guardian ter revelado que Israel utiliza os serviços de cloud da Microsoft para armazenar dados de milhões de chamadas telefónicas diárias feitas por palestinianos em Gaza e na Cisjordânia.

Os manifestantes visam também o controverso Projeto Nimbus, um contrato de 1,2 mil milhões de dólares, partilhado com a Amazon, que fornece ao governo e militares israelitas ferramentas de computação em nuvem e inteligência artificial.

Um cenário semelhante na Google

Esta tática de ocupação de escritórios não é inédita no mundo da tecnologia. Em abril de 2024, nove funcionários da Google realizaram protestos semelhantes, com cinco deles a ocuparem o escritório do CEO da Google Cloud, Thomas Kurian, durante nove horas, devido ao mesmo Projeto Nimbus. Tal como no caso da Microsoft, a ação foi transmitida na Twitch e resultou em detenções. Três dias depois, a Google despediu 28 trabalhadores envolvidos nos protestos.




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