Parece que a novela em torno do TikTok nos Estados Unidos está perto de um novo capítulo. A poucos dias do prazo final imposto pela administração Trump para a venda ou proibição da popular aplicação, surgiu um acordo de princípio entre os EUA e a China que poderá definir o futuro da plataforma em solo americano.
A grande surpresa está no coração da tecnologia da app: o seu algoritmo.
O polémico algoritmo chinês fica nos EUA
A grande reviravolta neste acordo é a manutenção do algoritmo chinês na versão norte-americana do TikTok. Durante meses, o sistema de recomendação de vídeos esteve no centro do debate, com legisladores a exigir a sua análise e a pressionar por uma venda que afastasse a tecnologia da sua origem chinesa, por preocupações de segurança.
No entanto, o acordo agora alcançado parece seguir um caminho diferente. Wang Jingtao, vice-diretor do regulador nacional da internet da China, confirmou a jornalistas que o negócio inclui o "licenciamento do algoritmo e outros direitos de propriedade intelectual".
Do lado americano, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que, embora a versão norte-americana do TikTok vá ter algumas "características chinesas", serão os investidores americanos a ter o controlo da empresa, segundo avança o Financial Times.
Um longo historial de negociações
Este desfecho contrasta com propostas anteriores de várias empresas americanas. Em março, a Perplexity AI apresentou-se como uma possível compradora, com a promessa de reconstruir totalmente o algoritmo para o público dos EUA.
Mais tarde, em abril, esteve perto de ser fechado um acordo que daria à Oracle a responsabilidade sobre os dados da versão americana e uma pequena participação na empresa. A gigante da tecnologia já armazena os dados dos utilizadores norte-americanos desde 2022 e tem realizado várias auditorias ao algoritmo do TikTok.
A palavra final, contudo, pertence ao Presidente Trump, que tem o poder de aprovar qualquer acordo que seja alcançado.
Nenhum comentário
Seja o primeiro!