Nos últimos anos, a Uber tem vindo a ser acusada de não responder corretamente aos casos de assedio sexual dentro da sua plataforma. Na realidade, isto é algo que afeta praticamente todas as empresas associadas ao transporte de passageiros, mas no caso da Uber tem vindo a ganhar um destaque especial.
Com a revelação do primeiro relatório de segurança da empresa, foi revelado exatamente o quanto foi feito para garantir a segurança dos passageiros e condutores, bem como as medidas que estão previstas para o futuro.
Segundo o relatório, existem mais de 6000 casos abertos de abusos ou assedio sexual dentro da empresa, recebidos entre 2017 e 2019, com 19 desses casos a terem resultado em atividades físicas abusivas.
Apesar de a empresa referir que estes valores correspondem apenas a uma pequena fração das mais de 2.3 mil milhões de viagens realizadas ao longo do período em analise, ainda assim são valores consideravelmente preocupantes para os consumidores da plataforma.
A empresa tem vindo a desenvolver novas funcionalidades para garantir a segurança tanto dos condutores como dos passageiros, bem como alterações no funcionamento da sua infraestrutura para esse fim. No entanto, estas ainda parece encontrar-se abaixo do que seria necessário para garantir a segurança de todas as viagens realizadas pela empresa.
Para o próximo ano encontra-se previsto iniciarem-se atividades regulares com os condutores da Uber, de forma a criar um treinamento para os casos de abusos e para garantir mais educação e conhecimento nas viagens realizadas.
Estão também previstas alterações na plataforma para garantir a segurança dos passageiros, como é o caso da utilização de um PIN único em cada viagem, que tanto o passageiro como o condutor devem validar para se certificarem que são as pessoas corretas.
A Uber pretende lançar este novo relatório a cada dois anos, como forma de ir sendo visto os progressos da empresa na área da segurança.
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